Primeiros 774 vigilantes começam a atuar até o fim desta semana, 60 deles na região; mas tem licitação em andamento para outros 226 profissionais
Joaquim Alessi
Sem entender direito o que aconteceu na escola de Sapopemba e acontece em muitas outras unidades de ensino, o governo do Estado apela para a lógica policialesca.
A partir desta semana, as escolas estaduais de São Paulo passam a contar, em primeiro lugar, con segurança privada.
Como se isso fosse a solução para todos os males, quando se sabe que o buraco é muito mais embaixo.
A alegação das autoridades, em suma, é de tratar-se de “mais uma iniciativa para reforçar a prevenção a episódios de violência”.
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo vai contratar um total de 1.000 seguranças privados que atuarão em unidades da Capital, Interior e Litoral.
Até esta sexta-feira (27.10), por exemplo, 774 vigilantes iniciam a prestação dos serviços nas escolas, 60 deles no ABCD.
A Educação deve investir cerca de R$ 70 milhões anualmente nesse projeto. Inicialmente, 774 profissionais passam a atuar em 774 escolas.
Ou seja, vai apenas engordar o caixa de empresas privadas de segurança e passar a sensação de ação.
No ABCD, portanto, o trabalho começou na segunda-feira (23.10). A licitação segue em andamento para a contratação dos outros 226 profissionais.
Os seguranças atuarão dentro das unidades escolares, em uma jornada de 44 horas semanais.
Para alocação dos vigilantes, as escolas foram selecionadas pelas 91 Diretorias Regionais de Ensino com base em critérios como vulnerabilidade da comunidade e convivência no ambiente escolar.
As empresas vencedoras de licitação devem contratar seguranças homens e mulheres com formação profissionalizante na área.
Outra regra imposta pela Secretaria, em conclusão, é que as empresas tenham consultado os antecedentes criminais dos trabalhadores antes da contratação.