Estudos demonstram que a privação de sono leva a um aumento no consumo de energia a fim de manter o indivíduo acordado e, consequentemente, a uma maior ingestão calórica para tal, que tende a ser desproporcional ao necessário e pode levar ao ganho de peso.1
A privação de sono também gera variações nos níveis de hormônios reguladores do apetite, não apenas durante a noite, mas também durante o dia, o que sugere que esse hábito estaria relacionado ao ganho de peso e à obesidade.2
Há, portanto, evidências de que a má qualidade do sono pode levar ao ganho de peso gradual o que, em alguns casos, pode evoluir para a obesidade. A prevalência da obesidade e o aumento do IMC em indivíduos que dormem menos de sete horas é maior do que em pessoas que reportam sono adequado, de sete a oito horas por noite.3
Uma das principais causas desse sono ruim e entrecortado é, sem dúvida, a apneia, constatada em 70% dos obesos e em 80% dos obesos mórbidos.4 “Em pacientes com obesidade a queixa de baixa qualidade de sono é frequente, sendo essencial uma avaliação do sono. É recorrente também o diagnóstico de apneia. Observamos que pacientes convivem com as consequências dessa condição por anos e não se dão conta da associação entre as condições. Não relacionam que cansaço, sonolência, desmotivação e irritabilidade são decorrentes da apneia”, Dr. Alan L. Eckeli, professor de neurologia e medicina do sono da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP).
“A obesidade é um dos fatores de risco para a apneia do sono em razão da ação direta de depósitos de gordura na região do pescoço, a gordura parafaríngea, próxima da via aérea, que contribui para a obstrução da via aérea. O excesso de peso também altera outros processos, os quais, em última análise, podem estar associados à própria apneia do sono”, explica o médico.
“Observamos que nos indivíduos obesos, existe uma alteração nos hormônios relacionados à fome e à saciedade, então, tem sido demonstrado que os hormônios ligados ao apetite são aumentados nos pacientes apneicos. Quando fazemos a intervenção do tratamento da apneia com o CPAP (Continuous Positive Airway Pressure, na sigla em inglês), dois dias depois, os níveis dos hormônios mostram redução. Portanto, costumam estabelecer seus níveis normais após a regularidade do uso do CPAP”, enfatiza o Dr. Alan.
Além disso, como resultado de pesquisas que examinaram populações de risco em meio à pandemia, a OSA foi identificada como um fator de risco para a hospitalização por COVID-19, independente de idade, sexo, IMC e comorbidades.5 A pesquisa aponta que entre indivíduos com COVID-19, os que tinham AOS, tinham mais do que o dobro do risco de hospitalização em relação aos que não tinham o diagnóstico.5
A ResMed, líder mundial em soluções para o tratamento de apneia do sono, oferece a possibilidade de telemonitorização, recurso que facilita a adesão do paciente.6 “Nosso portfólio possui diversas soluções com conectividade para permitir a terapia adequada às necessidades de cada paciente.” Fernanda Murakami, líder em inovações clínicas da ResMed LATAM.
Dentre as soluções, vale citar o myAir ™, um aplicativo gratuito e fácil de usar que auxilia o paciente no acompanhamento da terapia com CPAP. O aplicativo fornece uma pontuação diária de como a pessoa dormia e inclui guia de instruções, vídeos e informações de treinamento personalizadas com base em seus dados de terapia. Os usuários de CPAP, remotamente e auto monitorados, são até 87% aderentes, em comparação com aproximadamente 50% aderentes em dispositivos não conectados.7
Sobre a ResMed
A ResMed é a marca pioneira em soluções inovadoras que proporcionam qualidade de vida. A empresa apresenta tecnologias de saúde digital e dispositivos médicos conectados à nuvem que transformam a assistência das pessoas com apneia do sono, DPOC e outras doenças crônicas. Possui abrangentes plataformas de software fora do hospital, oferecendo suporte a profissionais e cuidadores que ajudam pacientes em suas casas ou instituição de saúde de preferência. Ao possibilitar uma melhor assistência, aprimoram a qualidade de vida, reduzindo o impacto da doença crônica e dos custos para clientes e serviços de saúde. Saiba mais em: https://www.resmed.com.br/
Referências:
- St-Onge MP. Obesity Reviews. 2017; 18 (Suppl.1): 34-9. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28164452/
- Reutrakul S, Cauter VE. 2018; 84: 56-66. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29510179/
- St-Onge MP. 2017; 18 (Suppl.1): 34-9. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28164452/
- Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. 2018. Disponível em: https://www.sbcbm.org.br/especialistas-alertam-para-riscos-associados-entre-obesidade-e-apneia-do-sono/
- 2021. Disponível em: https://www.ajmc.com/view/obstructive-sleep-apnea-linked-with-higher-risk-of-covid-19-hospitalization-complications
- Malhotra A et al. Chest Available from: https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(17)33073-8/fulltext
- Disponível em: https://www.resmed.com.br/gestao-de-seu-tratamento