O adeus à eterna primeira-dama de Santo André, Dona Maria Brandão

In Canto do Joca On
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Dona Maria Pires da Costa Brandão

Nos deixa nesta segunda-feira (13.09), menos de um mês após completar 93 anos de idade, Dona Maria Pires da Costa Brandão, primeira-dama de Santo André nos três governos do Dr. Newton da Costa Brandão (1969-1972; 1983-1988 e 1993-1996).

Já que o Dr. Brandão sempre me chamava de “filho” (assim como fazia com outras pessoas mais próximas), ouso dizer que fiquei sem uma “mãe”.

Dona Maria, além disso, sempre foi uma “Mãezona” para todos os que a cercaram nesse longa e feliz trajetória por aqui, como bem lembrou sua filha Maria Cláudia.

Lembro dos primeiros contatos com ela, da histórias contadas sobre a campanha de 1964 (quando eu tinha apenas 6 anos de idade), quando “o Newton foi roubado”, acrescentava, ao falar da derrota para o então todo-poderoso Lauro Gomes.

Trago na lembrança suas memórias do artesanal material de campanha produzido em casa, pela família, pelo Felix Majorana, pela Sylvia,pelos amigos, a exemplo do Dr. Durval Daniel, Dr. Henrique Calderazzo, hoje nome da rua do Hospita Mário Covas, Dr. Álvaro Nosé e muita gente mais.

Guardo com carinho, acima de tudo, a advertência para ter o máxino de cuidado com o dinheiro público – “é sagrado”, ensinava.

Advertência, portanto, que me impediu de levar ao ar uma importante campanha publicitária em 1996, quando ficou pronto o Hospital Municipal (a Santa Casa).

Havia conseguido produzir um filme espetacular de 1 minuto. Com a direção do famoso Titio Molina (TV Bandeirantes, precurssos da Xuxa), por uma ninharia.

Fizemos a licitação. Antonio Leite, pai do atual vereador Eduardo Leite, era o diretor de compras e conseguiu fazer algo maravilhoso.

Todo o trabalho, com produção que envolveu até hellicóptero para tomada aérea, contratação de atores, músicos para a trilha, saiu por exatos R$ 20 mil reais.

Em qualquer agência de publicidade modesta isso não custaria menos que R$ 200 mil.

Negociei com as emissoras, com a Globo, para entrar no JN e em várias edições do Bom Dia SP, SP1, SP2, por mês, por R$ 300 mil. Uma ninharia.

Dr. Brandão disse: “Vamos consultar a Dona Maria”.

E ela, em primeiro lugar, preocupada com a cidade, com seu povo, decretou: “Muito caro. O governo já está no fim, não podemos gastar esse dinheiro”.

Essa foi, essa é a Dona Maria Brandão.

Nascida em Araxá, nas Minas Gerais, 16 de agosto de 1928, mas andreense de coração desde o dia em que pisou pela primeira vez em Camilópolis, onde veio morar com o “Newton”.

Em 16 de agosto deste ano, há pouco menos de um mês, cumprimentei-a pelo Face, pelos 93 anos de uma linda existência.

Ela, pela primeira vez em muitos anos, não respondeu, não comentou, não curtiu.

Respeitei o silêncio daquela que agora era uma ilustre moradora de Campinas, mas que, em conclusão, nunca deiixará de ser a nossa Eterna Primeira-Dama de Santo André, Dona Maria da Costa Brandão.

Um lindo reencontro com o Dr. Brandão, dona Maria.

Obrigado, acima de tudo, por nos permitir ter convivido ao teu lado.

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