Joaquim Alessi
Em um dos piores jogos do Paulistão 2024, o Tigre jogou como gatinho, mas o suficiente para vencer o Ramalhão com gol sofrido aos 45 do segundo tempo.
Apesar de o palco ser o 1º de Maio, a moçada não tava lá muito a fim do trabalho.
Partida arrastada, sem criatividade de lado a lado. Tanto que nem mesmo a expulsão de Júnior Caiçara, do Santo André, aos 23 minutos primeiro tempo, animou o São Bernardo.
Sem um chute a gol em toda a etapa inicial, o Tigre foi um time sem garra.
Quem mais trabalhou foi o homem da latinha. O árbitro, mas trabalhou mal, muito mal.
Douglas Marques das Flores deixou de assinalar uma penalidade máxima absurda para o Ramalhão.E o cara do VAR devia estar comendo frango com polenta na hora do lance.
Em campo, Douglas, para provar que nem tudo são flores, inverteu faltas e até atrapalhou um ataque do São Bernardo.
O jogador do Tigre teve de driblar o pessimamente colocado assoprador de apito, um árbitro arbitrário.
Dudu Vieira perdeu a melhor oportunidade de todo o jogo
Pior para o Santo André, lanterna do torneio, foi que Dudu Vieira perdeu o gol no melhor lance do jogo.
Ainda estava zero a zero (aliás, a nota do jogo), ele recebeu em perfeitas condições, frente a frente com o goleirão Alex Alves, mas bateu bisonhamente para fora.
Podem dizer: mas o São Bernardo assumiu a posição do São Paulo, em segundo no Grupo D. Verdade, só que o São Paulo tem um jogo a menos.
Complicado? Claro, ainda mais porque é contra a Inter de Limeira, terceira colocada no Grupo C, mas com chances iguais de ser líder. Time bom.
E o jogo é em Brasília. Parada federal.
Para ambos, mas ainda mais para o São Paulo, que segue dormindo nos louros da Copa do Brasil, Supercopa e no gol de bicicleta de Leônidas da Silva, em 1948, contra o Juventus do goleiro Muñiz, no falecido Pacaembu.
Diamante Negro ou Bis?
Aliás, por falar em Diamante Negro, seu apelido era Diamante Negro, mas hoje o São Paulo só pensa em Bis.
Se continuar com a falta de vontade da maioria de seus “atletas”, um dia desses faz juz a todo esse marketing e leva um chocolate.
Descendo a Serra
Voltando ao joguinho de Vila Euclides (o estádio, não o cemitério), o Tigre tem motivos de sobra para comemorar hoje (19.02).
Porém, no domingo já tem pedreira pela frente. Vai à Vila Belmiro encarar o Santos. Com risco de descer muito mais do que simplesmente a serra. Jogo de risco.
Da mesma forma, o Santo André recebe no Brunão a Inter de Limeira, que tem tudo, em terras de João Ramalho, de jogar pra… caramba.
Ah, teve gol
Claro, já ia esquecendo do gol. O jogo foi tão chato, tão ruim, tão desinteressante, que parece nem ter tido gol.
“Tome tento, analista”, bradariam meus amigos nordestinos.
Tome tento, e fiquei atento, porque teve tento.
Aos 45 de segundo tempo, muito mais que os 33 de Fio Maravilha de Benjor.
O zagueirão Hélder, mascarado (porque jogou com máscara, não que seja mascarado no mal sentido), recebeu cruzamento na medida e venceu o goleiraço Luiz Daniel, até então o melhor do jogo.
Pois é, teve um melhor.