Joaquim Alessi
No oitavo mês de presidência da Câmara Federal, certamente Hugo Motta (Republicanos-PB) não previa viver um parto tão complicado.
Vê-se, em primeiro lugar, na dura missão de atender a dois pais com propósitos diametralmente opostos.
De um lado, o presidente de seu partido, Marcos Pereira, ainda sonhando com Tarcísio de Freitas possível presidenciável.
Do outro, espera o apoio de Lula em 2026, quando busca a reeleição, e, além disso, ver o pai, Nabor Wanderley, eleito senador pela Paraíba.
Conhecido político do ABCD costuma lembrar que “cachorro que tem dois donos morre de fome”.
Motta virou “inconfiável” ao governo, mas agora tenta agradar o Planalto.
Por isso, finalmente, pautou, para esta quarta-feira (1º.10), a votação do projeto de lei da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
Trata-se, acima de tudo, de uma bandeira de campanha para a reeleição de Lula.
Depois do tropeço com a PEC da Bandidagem, Motta está na moita, mas com Paulinho da Força no cangote: resta saber o filho que vai parir…
