Aos 73 anos de idade, morreu nesta segunda (2/11) o grande repórter de rádio Luiz Carlos Gertel.
Lembram-se, acima de tudo, das coberturas dele sobre trânsito, notadamente pelas brincadeiras com Lourival Pacheco (nos deixou em 2010), grande locutor.
Chamava Gertel de Lulu: “Fala, Lulu!”. E do outro lado da linha, portanto, ouvíamos: “Fala, Lolô!”.
Mas, ele cobriu de tudo. Na política, encontrei-o com Bahia Filho num voo a Brasília, em janeiro de 1985, para cobrir a eleição de Tancredo Neves pelo Colégio Eleitoral.
Eu estava de terno branco. Cumprimentei-os no avião, e os dois me perguntaram: “Você é filho de alfaiate, de tintureiro?” Foram muitas risadas.
Respondi que era para “comemorar a Nova República”, o fim da ditadura. O branco da paz no Brasil.
Mas, a verdade é que era o único terno que eu tinha, e não se entrava no Congresso sem terno e gravata.
Gertel, conta o livro “Esse Gato Ninguém Segura – O Pulo do Gato”, do meu grande amigo Claudio Junqueira, começou na imprensa escrita.
A Gazeta Esportiva em 1966. Cobriu a Copa de 1974. Comentou com Pedro Luiz Ronco a vontade de mudar de ares e este o levou, portanto, para a Bandeirantes, em resumo.
Foram, em conclusão, mais de 40 anos só n’O Pulo do Gato.
Além disso, ele passou pela Gazeta, Folha e Diário Popular. Deixou a Bandeirantes em 2015. Trabalhei com ele lá, em 2003.
Gertel estava internado havia duas semanas. após queda sofrida em casa, em São Paulo.