Joaquim Alessi
Milton Bigucci, presidente da Construtora MBigucci, também edifica, da mesma forma, amizades infindáveis no futebol.
São-paulino de coração, Ypiranguista por adoção (joga no Clube Atlético Ypiranga desde que se entende por gente), Dr. Milton é, acima de tudo, amante do esporte.
Ao logo de muitos anos, portanto, jogou um número incalculável de partidas pelo Vovô da Colina, apelido do CAY, muitas delas com a arbitragem de Romualdo.
O mesmo Romualdo que apitou a final da Copa do Mundo de 1986, quando a Argentina de Maradona derrotou a Alemanha por 3 a 2 e levou a taça.
Curioso é que o ex-árbitro morreu justamente logo depois de concordar em colocar a leilão, na Inglaterra, dois presentes que guardou a vida toda.
A bola da final da Copa do Mundo de 1986 e a camisa de Diego Armando Maradona, que a família vai leiloar.
“A bola ficou por muito tempo dentro de um armário na casa do meu pai e às vezes ia para a estante. Ele (Romualdo) relutou por muito tempo, mas agora concordou (com o leilão). Queremos disponibilizar para o mundo do futebol a bola da final da Copa de 86. É para ela poder ser vista por todos”, afirmou Ricardo Arppi, um dos três filhos do ex-árbitro.
Topo da arbitragem
Romualdo foi, por exemplo, um dos principais árbitros do Brasil nos anos 1970 e 1980, dividindo o topo com Arnaldo Cesar Coelho e José Roberto Wright.
Os dois eram vinculados à Federação do Rio, mas Romualdo trabalhava em São Paulo, assim como outros dois expoentes: Dulcídio Wanderley Boschilia (meu colega na faculdade de Jornalismo) e José de Assis Aragão.
Milton Bigucci escreveu em sua nota:
“Lamento muito a morte do Romualdo Arppi Filho, um dos melhores árbitros que já conheci. O futebol perde um grande homem, exemplo de vida. Meus sentimentos a toda família Arppi. Romualdo ficou nosso amigo por apitar os jogos do CAY (Clube Atlético Ypiranga), a partir dos anos 2000. Com grande carinho está mencionado em alguns capítulos do meu livro 7 Décadas de Futebol.” Milton Bigucci’
‘Um abraço a toda família.'”