Tecnologia utiliza dados para a tomada de decisões e emissão de alertas de firma antecipada; Prefeitura dá início às obras dos sete microrreservatórios
As obras de microdrenagem em Santo André seguem, em primeiro lugar, avançando no combate às enchentes.
Agora, além disso, ganharam importante aliada: a inteligência artificial.
Santo André terá, portanto, a tecnologia na gestão de informações para lidar antecipadamente com possíveis transtornos causados pelas fortes chuvas.
O prefeito Gilvan Junior esteve nesta quinta-feira (22.05) nas obras de um dos sete microrreservatórios que estão sendo construídos e integram o pacote de soluções do Programa Sanear Santo André.
Na visita, ele falou sobre a maneira como a inteligência artificial vai ajudar a cidade a ser ainda mais resiliente contra as mudanças climáticas.
“Temos colocado tecnologia em todas as áreas de gestão. Na prática, essa inteligência artificial consegue fazer cálculos matemáticos utilizando dados de todos os nossos equipamentos da cidade, usando dados meteorológicos e históricos, fazendo uma previsão de possíveis alagamentos e avisando com antecedência, para que nossas equipes possam se preparar e mitigar possíveis problemas”, destacou o prefeito Gilvan.
“Usaremos a IA para facilitar o processo de antecipação, eficiência e resiliência, porque com essas mudanças climáticas não dá para saber o volume de chuva no espaço curto de tempo, mas o importante é ter uma cidade que consegue absorver e dar resposta rápida”, emendou o chefe do Executivo andreense.

Efeitos minimizados
Por meio dessa tecnologia, portanto, alertas poderão ser emitidos com maior antecedência.
Tanto para as equipes da Prefeitura e outros órgãos que possam auxiliar a minimizar os efeitos das chuvas, por uma previsão mais assertiva.
Compõe o pacote de ferramentas que fornece informações para os equipamentos de IA como câmeras de monitoramento, fluviômetros, estações atmosféricas e bueiros inteligentes (serão instalados 561 até o fim de 2026), que terão dados armazenados em um data center.
Os sete microrreservatórios – sob investimento de R$ 25,5 milhões – serão construídos ao longo da bacia do Córrego Guarará nas ruas Tucuruí, Armida, Caiapós, Alida, Cajuru, Icaraí e Santa Joana D’Arc, em uma profundidade que varia entre 2,2 metros e 2,5 metros. No total, a capacidade total de armazenamento será de 4,7 milhões de litros d’água.
“Essa é uma fase importante, a construção de microrreservatórios em ruas que têm histórico de cheias. O grande problema que a Vila Pires sofre em dias de enchente, nós reforçamos mitigar. Não posso dizer que acaba por conta dessas novas chuvas de volume muito grande em curto espaço de tempo, mas tentaremos mitigar”, explicou Gilvan.
Morador aprova
Morador da Rua Tucuruí há 12 anos, o aposentado Carlos Alberto dos Santos Silva, 60, tem boas perspectivas com o início das disciplinas na Vila Pires.
“Está melhorando bastante. Aqui em casa a água entrou até a garagem, teve vizinhos que perderam móveis, perderam tudo, então é uma obra importante para o nosso bairro”, afirmou.
“Normalmente as pessoas reclamam por ter obra na porta, mas esse é o tipo de obra que os moradores não se incomodam, porque elas sofrem com a chuva e estão aguardando solução”, disse o prefeito Gilvan.
Mais tecnologia
Além da inteligência artificial, Santo André vai instalar cinco novas bombas e modernizar a Estação Elevatória da Vila América.
Com isso, vai ampliar em quatro vezes a capacidade de vazão do reservatório, passando de 492 litros por segundos para 2.000 litros por segundos.
Atualmente, o piscinão leva seis horas para esvaziar. Com essas soluções, vai passar a demorar apenas 40 minutos (a ativação, inclusive, pode ser feita remotamente).
“Vamos começar a troca dessas bombas agora para preparar a cidade para as próximas chuvas”, explicou o prefeito Gilvan. “A capacidade dessas novas bombas adianta bastante a retomada da cidade”, emendou o secretário de Infraestrutura e Obras, Acácio Miranda.
“Essas ações integram todas as secretarias da Prefeitura, dialogam com esse momento de mudanças climáticas, sejam pequenas, médias ou grandes, mas quando integradas ajudam a cidade a se tornar mais resiliente”, pontuou o secretário de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Edinilson Ferreira dos Santos.
Plano de Drenagem
Todas essas soluções integram o Plano Municipal de Drenagem, no qual também estão incluídas obras já realizadas.
Entre elas, a Avenida Queirós Filho e o Complexo Cassaquera.
Além de outras que estão para ser realizadas, como os córregos Corumbiara e Taióca.
Da mesma forma, o alteamento da Avenida Santos Dumont (em 40 centímetros), a construção de canteiros e praças esponja.
Para completar, tem a atualização do Plano Diretor de Drenagem.
O valor total de investimento é de aproximadamente R$ 250 milhões.
“O Programa Sanear Santo André abrigou o maior pacote de obras de transferência da história”, disse, em conclusão, Gilvan.