Com mais de 2.300 alunos em todo o país, a ONG Cidadão Pró-Mundo oferece uma metodologia dinâmica adaptada e às necessidades dos estudantes, promovendo o aprendizado de inglês de qualidade
Aprender inglês de forma eficiente é um desejo de muitas pessoas, seja para melhorar a colocação no mercado de trabalho, para realizar um intercâmbio ou até para fazer uma viagem dos sonhos. A ONG Cidadão Pró-Mundo (CPM) adota uma proposta pedagógica que visa democratizar o acesso ao ensino de inglês gratuito e de alta qualidade em todo o Brasil. Sua metodologia é baseada no modelo de aula invertida, que permite aos alunos se prepararem previamente para as aulas, revisando conteúdos, ouvindo áudios e interagindo com o vocabulário, facilitando a assimilação e a prática do idioma.
Durante a pandemia de Covid-19, em 2020, o CPM precisou se reinventar e migrar para o formato online. A gestora pedagógica da CPM, Susan Banman Sileci, foi responsável por liderar a transformação da proposta pedagógica da organização junto a outros 20 voluntários. O processo de adaptação ao digital envolve a criação de um repositório de materiais, com slides padronizados, formulários e uma biblioteca de vídeos instrucionais, facilitando o trabalho dos voluntários, a maioria sem formação pedagógica.
“Logo depois que entrei no CPM, ainda estava tentando entender como funcionava, mas aí veio a pandemia. A situação parou até junho, mas conseguimos nos reinventar e continuar as aulas de inglês de forma on-line”, comenta Susan. Esse esforço permitiu que o ensino fosse mais uniforme, superando as dificuldades das unidades que antes operavam de forma mais independente.
“A gente formou alguns comitês para definir como seria o novo curso, não só em termos pedagógicos, mas operacionais. Criamos um formato padronizado que era aplicável em todos os lugares, inclusive no digital”, acrescenta a americana que vive no Brasil há quase 40 anos. Com vasta experiência no ensino de inglês, ela já atuou como professora, editora de livros e produtora de áudios para editoras, além de ter escrito cerca de 80 livros, distribuídos no Brasil e no exterior.
De acordo com Cristina Noroes, consultora pedagógica da CPM, a mudança no ensino após a pandemia foi uma grande reviravolta na organização. Atualmente, a organização conta com mais de 2.300 estudantes e 1.700 voluntários, oferecendo cursos gratuitos e de alta qualidade para jovens e adultos de escolas públicas e bolsistas. A organização começou a oferecer, recentemente, turmas on-line, nas cidades de Baraúna, no Rio Grande do Norte, e Glória do Goitá, em Pernambuco.
“Isso abriu a possibilidade de alcançarmos outros lugares, porque, até então, trabalhávamos apenas presencialmente, com equipes em São Paulo, Campinas-SP e Rio de Janeiro. Hoje, estamos abrindo turmas no interior do Nordeste, em parceria com algumas empresas e outras ONGs. Qualquer pessoa no Brasil pode se inscrever, e temos voluntários do mundo inteiro – brasileiros e estrangeiros que vivem fora e querem fazer a diferença. Há professores dando aulas da Austrália, do Canadá, de diversos lugares. Quando repensamos o projeto, eu pensei: ‘Isso não pode acabar’. Conseguimos criar uma nova forma de atingir muito mais gente”, comenta Cristina.
Voluntários como peça-chave no ensino de qualidade
Os voluntários da CPM são pessoas com experiências profissionais em diversas áreas, e ao compartilharem suas trajetórias com os alunos, mostram como o domínio de um novo idioma pode abrir oportunidades. A metodologia adotada pela organização conta com dois professores por aula, sendo que cada turma tem, em média, oito professores. Novos voluntários são sempre acompanhados por mentores mais experientes, fortalecendo o ambiente colaborativo.
“Utilizamos materiais da Cambridge University Press e da plataforma americana English Central, que é baseada no aprendizado por meio de vídeos e está disponível em todo o mundo. Eles oferecem licenças gratuitas para nossos alunos, permitindo que todos os participantes do CPM tenham acesso ao recurso. Além disso, utilizamos outros recursos digitais para garantir um ensino de alta qualidade. Os voluntários, que são peça-chave no CPM, recebem treinamento prático para oferecer o suporte necessário aos alunos e criar um ambiente de aprendizagem colaborativo”, explica Cristina.
A abordagem pedagógica da CP M combina flexibilidade, padronização, qualidade e consistência no ensino, permitindo aos professores adaptar as atividades conforme as necessidades dos alunos. “O foco agora está em continuar melhorando os recursos disponíveis para os professores, garantindo um ensino mais eficiente e acessível”, acrescenta.
Na CPM, as aulas nunca ocorrem de forma isolada. Embora fosse possível gravá-las, a proposta vai além do ensino do inglês. A instituição valoriza a interação entre voluntários e alunos, promovendo um ambiente de crescimento pessoal e profissional. Esse contato semanal permite que os voluntários incentivem diretamente os alunos e ofereçam suporte tanto no aprendizado do idioma quanto em outros desafios, como entrevistas de emprego.
“As pessoas trabalham com professores voluntários, e a maioria deles não é formada em pedagogia. São pessoas que conhecem bastante o inglês, mas que não têm a vivência de sala de aula. Se a gente oferecesse um curso gravado, perderíamos esse contato direto, que é tão importante e valoriza o processo de ensino”, complementa Cristina.
Outro diferencial da organização é a tutoria, onde um professor acompanha voluntariamente o aluno ao longo do semestre, auxiliando com dúvidas, sessões extras e dificuldades individuais. “Quanto mais conteúdo padronizado oferecemos, mais segurança teremos de que o ensino será consistente, embora cada professor traga sua experiência e estilo próprio”, destaca a consultora pedagógica. Para saber mais sobre o Cidadão Pró-Mundo, acesse www.cidadaopromundo.org.br .
Sobre a Cidadão Pró-Mundo
Há mais de 25 anos, o Cidadão Pró-Mundo oferece cursos de inglês gratuitos e de alta qualidade para jovens e adultos de escolas públicas e bolsistas. Em 2024, a organização sem fins lucrativos atendeu mais de 2.300 estudantes com o apoio de mais de 1.700 voluntários ativos e 21 empresas parceiras, cumprindo sua principal missão de promover a inclusão social e profissional. A organização possui oito Unidades para cursos presenciais e oferece capacitação on-line para todo o Brasil. Os alunos que concluem o curso regular alcançam o nível B1 de proficiência em inglês, mas para quem deseja continuar se aperfeiçoando, a ONG oferece o CPM Qualify , um curso preparatório de um ano para a certificação internacional da Cambridge. Para fazer a diferença na vida de mais pessoas, acesse www.cidadaopromundo.org.br .