Indústria brasileira de ônibus elétrico tem capacidade de atender lei de transição de frotas da cidade de São Paulo

In Canto do Joca On

A propósito de declarações recentes do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, de que não poderia garantir o cumprimento da meta de 50% da frota municipal de transporte público composta por veículos de zero ou baixa emissão até 2028, como determina a Lei 16.802/2018, citando, entre outros motivos, uma suposta dificuldade da indústria brasileira de ônibus elétricos de atender à demanda necessária, a ABVE divulou nota oficial, por meio da qual esclarece:
 
1-A indústria brasileira de ônibus elétricos e componentes tem hoje total condição tecnológica e operacional de produzir os ônibus elétricos requeridos pelas metas anuais de descarbonização da frota da cidade de São Paulo previstas na Lei 16.802/2018 e na licitação pública que a ela se seguiu.
 
2-Em dezembro de 2023, em resposta a um questionário solicitado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as empresas associadas à ABVE que produzem e comercializam ônibus elétricos já tinham informado o governo federal de que, com a capacidade produtiva já instalada, têm condição de produzir atualmente até 9.920 ônibus elétrico/ano, podendo chegar a 25 mil ônibus elétricos/ano com os investimentos previstos por estas empresas até 2028.
 
Cinco empresas associadas à ABVE responderam ao questionário do MDIC:

  • BYD
  • Eletra
  • Giaffone
  • Higer
  • Marcopolo  

 
3-Cabe destacar que a cadeia produtiva brasileira de ônibus elétricos é formada por empresas nacionais e multinacionais instaladas há muitas décadas no País, algumas delas no Estado de São Paulo, aptas a fornecer produtos de alta qualidade tecnológica, excelente desempenho operacional, assistência técnica e ampla rede de reposição.
 
4-Essas empresas se prepararam durante anos para atender aos volumes necessários ao programa de descarbonização de frotas de ônibus da cidade de São Paulo e de outras cidades do Brasil. Elas têm ciência de que os gargalos na implementação do cronograma de transição de frota paulistana não se encontram na capacidade produtiva da indústria, e sim nas deficiências de planejamento da infraestrutura de recarga elétrica e em eventuais desajustes nos modelos de financiamento das operadoras de transporte – problemas alheios às empresas de ônibus elétricos.
5-A ABVE, por fim, reitera sua disposição de dialogar e colaborar com as autoridades municipais de São Paulo e com outras autoridades e empresas de energia e infraestrutura envolvidas com o tema, na busca de uma solução rápida e eficaz que assegure o pleno cumprimento das importantes metas de descarbonização do transporte público na maior cidade do País.
 

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO VEÍCULO ELÉTRICO
GRUPO DE VEÍCULOS PESADOS

You may also read!

Plano Safra 2025/2026: Sicredi prevê liberação de R$ 22 bilhões para produtores rurais do Paraná, São Paulo e Rio

Instituição financeira cooperativa já liberou R$ 53,1 bilhões na safra atual em todo o Brasil, com carteira agro totalizando

Read More...

Visita institucional do Ciesp à Prefeitura de Santo André fortalece o compromisso com o desenvolvimento econômico e a defesa da indústria

Encontro entre líderes do CIESP, empresários e gestores da Prefeitura debateu temas estratégicos como Plano Diretor, concorrência desleal e

Read More...

Pesquisa aponta que metade das empresas brasileiras perdem até US$ 5 milhões ao ano por falhas de software

Estudo conduzido pela Tricentis revela que 98% dos profissionais brasileiros confiam em agentes autônomos para auxiliar na tomada de

Read More...

Leave a reply:

Your email address will not be published.

Mobile Sliding Menu