Estudo é realizado pela CDL São Caetano do Sul e apoiado, acima de tudo, pela Agência de Desenvolvimento
A inadimplência na região gerou, em primeiro lugar, aumento de 2,32% entre abril e maio de 2025, segundo estudo da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de São Caetano do Sul, com apoio da Agência de Desenvolvimento Econômico Grande ABC.
Na comparação com maio de 2024, o crescimento foi ainda mais expressivo, alcançando 6,69%.
Esse índice superou tanto a média da região Sudeste (4,74%) quanto a média nacional (6,28%).
O estudo mensal, que visa promover a previsibilidade financeira para os moradores e fomentar debates sobre educação financeira e crédito consciente, revela que o perfil dos inadimplentes segue com maior incidência entre pessoas de 30 a 39 anos (24,37%), e distribuição equilibrada por gênero: 50,49% mulheres e 49,51% homens. A idade média dos inadimplentes é de 47,1 anos.
O valor médio das dívidas é de R$ 5.544,57. Mais de um quarto dos consumidores (27,33%) deve até R$ 500, e 39,27% possuem dívidas de até R$ 1.000. O setor bancário segue como maior credor, representando 69,32% dos subsídios, seguidos por contas de água e luz (15,04%).
Cada inadimplente da região possui, em média, 2.274 dívidas em atraso — acima da média estadual (2.247) e nacional (2.200). O tempo médio de inadimplência é de 27,2 meses, com 38,77% dos consumidores negativados entre 1 e 3 anos.
Segundo Alexandre Damásio, presidente da CDL São Caetano, os números reforçam a necessidade de medidas coordenadas entre entidades, empresas e poder público. “Estamos propondo um pacto regional com três eixos: educação financeira no ambiente de trabalho, fortalecimento do microcrédito e economia colaborativa, e estímulo à criação de um Banco Digital Municipal para facilitar o acesso ao crédito e fomentar a economia local”, comentou, em conclusão, Damásio.