Programas revitalizam núcleos, garantem titularidade dos imóveis e, além disso, parceria inovadora com Faculdade de Arquitetura da USP vai intervir nas moradias
“Foi um ano produtivo, pois atacamos em várias frentes e tivemos grandes avanços em um setor de carências enormes, com a melhoria da qualidade de vida dos moradores”, disse, em resumo, o secretário Ronaldo Lacerda (Habitação e Desenvolvimento Urbano), ao analisar as ações e os programas desenvolvidos pela equipe de seu setor durante 2023.
Além da retomada dos programas Regulariza Diadema e Revitaliza Diadema, a secretaria conheceu, em primeiro lugar, a demanda por moradia com o Cadastro Habitacional (CadHab) e criou a plataforma GeoDiadema, que disponibiliza informações, mapas e imagens da cidade.
Também foi assinado, além disso, acordo inédito com a USP para arquitetos e urbanistas realizarem intervenções nas moradias dos núcleos habitacionais.
Revitaliza Diadema
Neste ano teve início, da mesma forma, a segunda etapa do Revitaliza Diadema.
Com recursos de R$ 10,5 milhões, serviu para a realização de melhorias urbanas em 46 núcleos.
Na primeira etapa, lançada em outubro de 2021, foram investidos, em suma, cerca de R$ 3,8 milhões em 21 núcleos habitacionais.
O secretário comentou que o programa não promove apenas melhorias por meio de obras, mas busca a elevação na qualidade de vida das famílias.
Regulariza Diadema
O Regulariza Diadema também avançou.
Neste ano foram entregues 35 títulos no Núcleo Barão de Itajubá, 133 títulos no Jardim Alba, 168 na Vila Odete, no Canhema, 129 no Jardim das Praias, no Casa Grande, e 44 títulos no núcleo Vera Cruz I e II, na Rua Tordesilhas, Vila Conceição.
Lançado em junho de 2021, o programa já regularizou mais de 5.000 lotes e entregou cerca de 4 mil títulos de propriedade desde o início da gestão.
“A entrega da matrícula é muito mais que a entrega de um papel. É garantia de segurança, dignidade e direitos para as famílias trabalhadoras de Diadema”, afirmou o secretário.
Cadastro Habitacional
Outro avanço – disse Ronaldo – foi o lançamento do Cadastro Habitacional (CadHab), que teve a inscrição de 20.451 famílias, bem acima das 12 mil do cadastro realizado há 12 anos.
“É alta a demanda, são mais de 20 mil famílias querendo uma casa própria. O cadastramento vai ajudar no desenvolvimento dos projetos habitacionais e na captação dos recursos”, comentou.
Ele explicou que o cadastro também vai permitir a aproximação entre as empreiteiras e os clientes em potencial, que esperam a construção de unidades que caibam em seus bolsos.
“O custo médio das moradias poderá ser mais baixo se não houver a necessidade de as empresas investirem em propaganda e nem arcarem com o serviço de corretagem”.
Plataforma digital GeoDiadema
Uma boa novidade da Secretaria foi o lançamento da plataforma digital GeoDiadema, que disponibiliza dados, mapas e imagens da cidade.
As informações estão organizadas por temas e são mais de 70 camadas distribuídas entre os 17 eixos temáticos.
No GeoDiadema o morador pode checar os lotes, medidas, áreas verdes e infraestrutura de serviços públicos ou ainda gerar croqui do imóvel.
Ele é útil como apoio nas pesquisas de campo e projetos acadêmicos de diversas áreas, e ferramenta indispensável para análise de instalação de empresas na cidade.
“É a tecnologia a serviço da cidade e representa um grande avanço na democratização das informações da Prefeitura, aumentando a transparência”, afirmou Ronaldo.
Parceria inédita vai melhorar moradias
Diadema, sempre referência nos projetos de moradias, obteve, em primeiro lugar, parceria inovadora com a academia.
Foi, por exemplo, com a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP – Universidade São Paulo para melhorar as condições de moradia dos núcleos.
Pela parceria, uma equipe de vinte arquitetos e urbanistas vai desenvolver projetos de intervenção nas moradias dos núcleos.
Os moradores ganham uma casa com melhor e os profissionais fazem residência acadêmica e se especializam em habitação de interesse social.
“O projeto está muito associado à saúde, pois vai intervir para abrir janelas, iluminar e ventilar, e tornar o acesso mais seguro para dar autonomia entre uma casa e outra”, comentou.
Conquistas futuras
O intenso trabalho realizado até agora deve render mais frutos em 2024.
Diadema teve três projetos selecionados por meio do programa Minha Casa Minha Vida, para construção de 334 unidades habitacionais de interesse social para atender a demanda do município.
A cidade também se inscreveu no programa Periferia Viva, iniciativa que vai revolucionar as periferias das cidades e que em Diadema deve contemplar três grandes núcleos habitacionais da região Leste: NH Vila Popular, NH Marilene, NH Gazuza.
O Periferia Viva é um programa do governo federal que prevê intervenções nas áreas de periferia.
O objetivo é levar melhorias habitacionais, provisão habitacional, mobilidade e a interlocucao com equipamentos de cultura, educação, esporte e lazer.
Em Diadema, tudo isso será feito no entorno do futuro Quarteirão da Educação, o Ceu de Diadema.
As ações têm previsão de investimento de R$ 300 milhões.
Novo olhar para a habitação social
Ronaldo destacou, além disso, o início da construção do Conjunto Diadema O na avenida Prestes Maia.
Isso para abrigar, acima de tudo, as famílias que moram às margens da rodovia dos Imigrantes.
Ele terá 442 unidades, divididas em três torres, duas com 19 andares e uma, em suma, com 21 andares.
Para o secretário, o projeto traz, da mesma forma, um novo olhar para a habitação social.
“Conseguimos superar uma visão ultrapassada de moradia para a população de baixa renda. O Diadema O tem elevador e tem infraestrutura digna para a nossa população”, disse, em conclusão.