Golpes e fraudes deixam rombo de R$ 100 bilhões nos setores de Hospedagem e de Alimentação no Brasil

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Edson Pinto

Levantamento da Fhoresp aponta, em primeiro lugar, prejuízo de R$ 25 bilhões só no Estado de São Paulo; para combater este tipo de crime, a entidade sugere a criação de um Cadastro de Estelionatários, com sistema interligado entre órgãos de fiscalização, como a Polícia Civil e o Ministério Público (MP)

A Federação dos Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) estima, acima de tudo, perdas de R$ 100 bilhões nos setores de Hospedagem e de Alimentação, no Brasil, em 2024, por fraudes e golpes.

Somente em solo bandeirante, por exemplo, o número chega a R$ 25 bilhões de prejuízos.

Eles são decorrentes de crimes que, além de consumidores e do setor privado, impactam os cofres públicos, por força de sonegação.

A entidade recomenda ações preventivas, a fim de garantir maior proteção nas relações de consumo e evitar o avanço de táticas fraudulentas.

Representando 500 mil estabelecimentos no estado de São Paulo, a Fhoresp mapeou o dano econômico sobre hotéis, restaurantes, bares e padarias, via estelionato, no ano passado.

Entre os golpes mais comuns, estão o da falsa hospedagem – o consumidor compra diária para se hospedar, mas, ao fazer o check-in, descobre que não há reserva alguma.

Casos deste tipo geraram um rombo de R$ 2,4 bilhões, somente em 2024, no Brasil. O diretor-executivo da entidade, Edson Pinto, faz um alerta importante.

Alerta

“Agências de viagens não autorizadas vendem diariamente de hotel sem confirmação, ou garantia de disponibilidade – e não contam isso para o consumidor. O maior exemplo é a 123 Milhas, que, em 2023, deixou milhares de clientes e de fornecedores sem receber – na época, um prejuízo calculado em mais de R$ 135 milhões somente no estado de São Paulo”, descreve.

Situação semelhante acontece com a contratação de bufês, que alguns sem prestar o serviço, ou não receber o pagamento. O prejuízo sofrido em 2024 beira os R$ 90 milhões no País e R$ 15 milhões no estado paulista.

Também chamam a atenção os golpes virtuais, com R$ 135 milhões em perdas aos brasileiros. O diretor-executivo da Fhoresp explica que fraudes tecnológicas, inclusive, são as mais difíceis de serem identificadas, e cita o falso QR Code:

“Os golpistas adulteraram o QR-Code, para que o cliente faça o pagamento numa outra conta, ou para que consigam instalar aplicativos e, assim, subtrair dados da vítima, ou tenham acesso a banco, senhas etc. O mesmo golpe utiliza o sistema de Wi-Fi. Por isso, é importante que se faça conexão apenas em rede confiável”, sugere Edson Pinto.

Bebidas alcoólicas adulteradas também causaram prejuízos expressivos no Brasil, em 2024. A Fhoresp estima que, 36% do volume total do produto comercializado no País é falsificado, adulterado ou contrabandeado, gerando prejuízo fiscal de R$ 85,2 bilhões. No estado de São Paulo, a sonegação bate os R$ 23 bilhões. Contrabando e produção clandestina de cigarros preocupam, igualmente. Em território nacional, os cofres públicos já arrecadação estimada em R$ 9 bilhões e no estado de São Paulo, R$ 1,65 bilhão.

Ações preventivas

A Fhoresp acredita que em 2025 os danos com golpes e fraudes deverão se manter, infelizmente, em patamar elevado.

Da mesma forma, lamenta que não haja no Brasil um sistema maior de proteção para clientes e empresas.

Entre as alternativas apontadas pela entidade para combater este tipo de delito está a criação de um Cadastro de Fraudadores.

Ele teria interligação entre órgãos de fiscalização, como as Polícias Federal e Civil e o Ministério Público (MP).

Outras propostas abarcam o uso de Tecnologia, a fim de garantir maior segurança dos contratos e da aquisição de seguros contra inadimplências e golpes:

“Se não tivermos em nosso País uma regulação mais forte e ações integradas e preventivas, o prejuízo vai ficar sempre no bolso dos clientes e na conta das empresas. Precisamos estabelecer um sistema maior de proteção nas relações entre consumidores e fornecedores”, finaliza Edson Pinto.

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