O governador Tarcísio de Freitas e o secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva, anunciaram na manhã desta terça-feira (24.01) inovações na oncologia.
Trata-se do início do programa para organizar e tornar mais ágil as filas para os procedimentos cirúrgicos oncológicos.
Hoje, o Estado tem, acima de tudo, 1.536 pessoas aguardando por essas cirurgias, e algumas estão há até oito meses nesta espera.
Para ampliar o atendimento, o governador anunciou a abertura de três salas cirúrgicas e 45 novos leitos de internação.
Desses, 15 são de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp).
A unidade integra o Complexo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, ligada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
Tarcísio também anunciou, além disso, a ativação de outros 393 leitos ociosos do complexo HCFMUSP.
São 349 de internação e 44 de UTI, para dar, portanto, maior agilidade à assistência em diversas especialidades.
“Existem, hoje, de 7 a 9 mil leitos fechados no Estado de São Paulo, isso não é razoável, temos de apostar na reabertura desses leitos. É preciso aumentar a nossa disponibilidade e as vagas. Estamos aqui celebrando o início desse movimento. Temos excelência, temos os melhores profissionais do Brasil, um corpo clínico maravilhoso, a gente pode oferecer ao paciente do SUS o que ele teria em qualquer hospital privado do país, e pelo SUS, pelo sistema público de saúde. O SUS nos orgulha muito, é um patrimônio que mostrou seu valor quando submetido ao estresse da pandemia. São vidas, são pessoas que vão ser tratadas e terão mais esperança”, destacou, em resumo, Tarcísio.
Alcance da medida
A ampliação da infraestrutura no Icesp, tanto de salas cirúrgicas quanto do número de leitos, possibilitará o atendimento de 1.250 novos pacientes nos próximos 12 meses.
Além disso, a realização de 840 cirurgias adicionais, o que representa um incremento de 20% do originalmente previsto para o período.
Esta iniciativa visa, por exemplo, reduzir a fila atual de pacientes oncológicos no Estado de São Paulo em cerca de 40%, nos primeiros três meses da ação.
Atualmente, o Instituto do Câncer conta com 445 leitos operacionais.
Na sua capacidade plena disponibilizará 490 leitos, sendo 85 de UTI, conforme previsto desde a sua inauguração, em 2008.
Essa ampliação representará 20% de acréscimo sobre a oferta atual, sendo este um recurso primordial no tratamento com a mais alta complexidade em oncologia.
O maior número de pacientes atendidos permitirá o aumento da oferta de tratamentos clínicos em quimioterapia (2.350 sessões) e radioterapia (2.700 sessões).
Da mesma forma, para os serviços de apoio terapêutico, como exames laboratoriais e de imagem, a exemplo da tomografia e ressonância magnética.
“Os pacientes oncológicos demandam muito da estrutura das unidades de internação, tanto para etapas programadas do tratamento, como as cirurgias, quanto para atender eventuais intercorrências secundárias à doença. A disponibilidade de leitos é hoje, portanto, a principal restrição na oferta da estrutura assistencial e, consequentemente, no aumento do volume de novos pacientes no Icesp. A abertura de novos leitos, principalmente os de UTI, reforça a importância deste recurso essencial para o melhor atendimento do paciente com necessidades de alta complexidade”, explica, da mesma forma, o presidente do Conselho Diretor do Icesp, Prof. Dr. William Carlos Nahas.
Mais atendimento
Na semana passada, o secretário Eleuses Paiva esteve reunido com prestadores de serviços oncológicos de todo o Estado para alinhar a estratégia que fará para a fila andar.
“Não podemos admitir que pessoas com câncer aguardem tanto tempo para realizar o tratamento necessário. Nossa meta é tirar essas mais de 1,5 mil pessoas da fila logo nos 100 primeiros dias de governo e para isso é essencial a participação de todos essas pessoas que estão aqui hoje, trabalhando em conjunto em prol da população de São Paulo”, afirmou, em suma, o secretário.
O Hospital São Paulo é gerido por um conselho .
São representantes da SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), Unifesp, Escola Paulista de Medicina e Escola Paulista de Enfermagem.
Foi, em conclusão, um dos primeiros a aderir à ação.
E começa, ainda neste mês, os atendimentos clínicos, de quimioterapia, radioterapia e cirúrgico a 690 pacientes.