Especialistas em cibersegurança dão dicas para não cair em golpes do Pix

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Golpes via Pix fazem novas vítimas diariamente e desafiam especialistas em cibersegurança Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Cada vez mais elaborados, os golpes via Pix fazem vítimas todos os dias no Brasil e vêm, em primeiro lugar, desafiando especialistas em cibersegurança, instituições financeiras e poder público a blindarem o serviço.

O crescimento dos golpes e dos casos de sequestro-relâmpago levaram o Banco Central do Brasil a limitar o valor das transações para R$ 1 mil no horário entre 20h e 6h e nos fins de semana, mas outras medidas simples podem ser adotadas para evitar que você se torne mais uma vítima.

Limite

advogada e especialista em proteção de dados Maria José Ciotto Luccas diz que a primeira ação, acima de tudo, é estabelecer no app ou site do banco um limite diário para transações via Pix.

“Isso já evita que criminosos consigam retirar todo o seu dinheiro em apenas uma única transferência. Estabeleça um limite que seja seguro para o seu dia-a-dia”, aconselha, em resumo.

Com as novas regras do Banco Central, os bancos e instituições financeiras devem, portanto, disponibilizar a inclusão desse limite e só podem autorizar um aumento dele após, no mínimo, 24 horas da solicitação.

Canais oficiais

especialista em LGPD e DPO (Data Protection Officer) Consuelo Rodrigues diz, além disso, que o usuário nunca deve realizar transações fora dos canais oficiais do seu banco ou instituição.

“Tenha certeza que está no site ou aplicativo oficial. Os golpistas criam links e páginas muito similares às verdadeiras, mas analisando com calma é possível notar a diferença nos detalhes do endereço ou em algum erro ortográfico. Clicando no cadeado que fica na barra de endereço do navegador também é possível verificar se está navegando em um site seguro”, diz, da mesma forma.

Caso de e-mails

No caso de e-mails, Consuelo afirma que os erros também podem ser encontrados.

“Quando recebemos um e-mail, o domínio (que é aquilo que está escrito após o @) revela se o conteúdo é real ou um golpe. Se o e-mail diz, por exemplo que é do Banco do José, mas foi enviado pelo bancodojose@kakdaka.com.br então já sabemos que é falso”, explica.

“Na dúvida não se deve clicar em nenhum link, nem baixar arquivos. Vá até o canal oficial de comunicação da instituição e relate o ocorrido para confirmar se é um conteúdo confiável ou não”, completa.

Wi-Fi

Outra dica que a advogada Maria José dá é não realizar transações quando estiver conectado a redes de Wi-Fi públicas.

“Esses locais de acesso coletivo, como parques, bares ou shoppings, podem conter vírus e malwares que podem roubar dados para vender no mercado ilegal”, explica.

As chaves Pix cadastradas são, da mesma forma, outro ponto que precisam de cuidado ao serem divulgadas. “Prefira passar chaves aleatórias. O seu CPF somente para pessoas próximas e de confiança ou empresas com as quais você já se relaciona. Se um golpista tiver seu CPF e conseguir seu nome completo e seu endereço em listas vazadas, já consegue realizar ações em seu nome como abrir contas digitais, assinar serviços como streaming e praticar outros golpes”, alerta Maria José.

Como agir se for vítima

Se mesmo com todos os cuidados, a pessoa acabar sendo vítima de golpe, a recomendação das especialistas é elaborar, em primeiro lugar, o Boletim de Ocorrência o mais rápido, apresentando o máximo de provas e detalhes que puder. “O cidadão nem precisa se dirigir a uma delegacia de polícia. Ele pode registrar o B.O. pela internet mesmo”, orienta a advogada especialista em Direito Digital, Maria José Ciotto Luccas. No estado de São Paulo, o link para registro de BOs é https://www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br/ssp-de-cidadao/home.

O próximo passo é, além disso, entrar em contato com o banco ou instituição financeira para buscar meios de ter o seu dinheiro restituído e evitar que mais pessoas se tornem vítimas. “Se o celular tiver sido roubado, é preciso notificar a operadora para bloquear a linha telefônica. Contudo, fazer o B.O. é imprescindível porque, segundo a Febraban, todas as transações via Pix são rastreáveis e, assim, é possível identificar os criminosos”, diz Consuelo Rodrigues.

Dicas para evitar cair em golpes do Pix

– Estabeleça um limite diário para transferência via Pix no app ou site oficial do seu banco
– Realize transações somente no app ou site oficial do seu banco
– Certifique-se que o site do banco ou da loja que você está navegando é o correto
– Confira se o site em que está navegando é seguro clicando no cadeado que fica ao lado da barra de endereço do navegador
– Não clique em links ou baixe arquivos de e-mails suspeitos. Confira se o e-mail possui um domínio confiável. Em caso de dúvida, procure um canal de comunicação oficial
– Não realize transações financeiras quando estiver conectado em redes públicas como de shoppings e restaurantes
– Ao divulgar sua chave Pix para pessoas e empresas que você não tem relação de confiança, prefira informar a chave aleatória
– Ative, em conclusão, a autenticação de duas etapas em todos os aplicativos e redes sociais que oferecerem a opção

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