Medida segue recomendação do Comitê Científico de Saúde do Estado; uso de álcool em gel e máscaras, aferição de temperatura, higienização constante dos ambientes e mãos seguem em vigor
A partir desta quarta-feira (03,11) as escolas estaduais de São Paulo passam, em primeiro lugar, a receber 100% de seus estudantes sem revezamento.
Esta nova fase é possível, acima de tudo, porque o distanciamento de 1 metro entre os alunos não é mais obrigatório.
A medida segue, portanto, recomendação do Comitê Científico de Saúde do Estado.
Confira nota informativa: https://bit.ly/31fNuFS.
Protocolos como uso de álcool em gel e máscaras, aferição de temperatura, higienização constante dos ambientes e mãos seguem, da mesma forma, em vigor.
A presença dos estudantes nas unidades é, em conclusão, obrigatória, salvo exceções:
•Jovens pertencentes ao grupo de risco, com mais de 12 anos, que não tenham completado seu ciclo vacinal contra COVID-19;
•Jovens gestantes e puérperas;
•Crianças menores de 12 anos pertencentes ao grupo de risco para COVID-19, para as quais não há vacina contra COVID-19 aprovada no país;
•Estudantes com condição de saúde de maior fragilidade à COVID-19, mesmo com o ciclo vacinal completo, comprovada com prescrição médica para permanecer em atividades remotas.
“Faz todo o sentido”
“A partir deste dia 3, estamos voltando com as aulas 100% presenciais e obrigatórias e com o fim do distanciamento. Faz todo o sentido seguirmos esses passos. Com o avanço da cobertura vacinal, os indicadores epidemiológicos sobre a Covid-19 mostram significativa melhora no combate a essa doença”, destacou o secretário estadual da Educação de SP Rossieli Soares.
Mantendo a obrigatoriedade do uso de máscara, Soares ressalta que a higienização constante das mãos e também a utilização do álcool em gel são bons hábitos que os estudantes estarão aprendendo cada vez mais na escola.
“Além de todos os demais protocolos vigentes, nosso foco será recuperar a aprendizagem dos nossos estudantes”, enfatiza o secretário da Seduc-SP.
Normas para o acompanhamento dos estudantes remotos, atividades presenciais, conduta nos momentos de ida e volta, entrada e saída da escola, alimentação e monitoramento de casos foram publicadas em Diário Oficial através da resolução Seduc 109, de 28-10-2021.
Essas medidas também valem para as redes privada e municipais que não possuem conselhos de Educação próprios.
Os demais municípios têm autonomia de seguir ou não a orientação da Seduc-SP, desde que apresentem justificativas pautadas nos dados epidemiológicos que impeçam o retorno presencial.
Até o momento, 97% dos profissionais da educação estão com o esquema vacinal completo e 96% dos adolescentes de 12 a 17 anos já tomaram a primeira dose, o que fortalece a manutenção das medidas e contribui ao retorno das atividades presenciais.
Eventos culturais, científicos esportivos liberados
Com a atualização dos protocolos sanitários eventos culturais, científicos e esportivos escolares agora estão liberados.
“Com a autorização dos eventos, as escolas começam a resgatar a integração e um pouco da antiga rotina. Porém, mantemos a recomendação que as atividades sejam realizadas em locais abertos, com a aplicação dos protocolos e a consciência de que a responsabilidade é de todos para reduzir cada vez mais a progressão da Covid-19 dentro da comunidade escolar”, comentou Rossieli.
Para o retorno, o protocolo foi revisto e está, além disso, disponível para acesso público pelo link https://bit.ly/3mEHvCO.
“A atualização dos protocolos sanitários foi elaborada com o aval da Comissão Médica da Educação. Sempre nos pautamos por estudos técnicos e dados com embasamentos científicos, sobre a progressão do coronavírus. O objetivo da Seduc-SP é garantir segurança aos alunos, professores e funcionários”, disse, em conclusão, Rossieli.
Importância do retorno
Em recente pesquisa realizada pelo Datafolha, encomendada por Itaú Social, Fundação Lemann e BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), 73% dos pais e responsáveis por estudantes de todo Brasil consideram que recuperar a aprendizagem é o principal motivo para o retorno às aulas presenciais.
Ainda 88% consideram que os estudantes estarão seguros no retorno às aulas presenciais.
Sendo que na região Sudeste 35% avaliam como muito seguro e 52% um pouco seguro.
Na percepção de 39% dos responsáveis, os estudantes estão, além disso, sentido-se despreparados em relação ao aprendizado.
Ainda 19% acreditam que estão com dificuldades no relacionamento com professores ou colegas.
Também consideram que estão mais animados (87%), mais interessados pelos estudos (85%) e mais otimistas com o futuro (80%) após o retorno às aulas presenciais.
“A volta presencial envolve muito mais que recuperação da aprendizagem, mesmo que esse seja o nosso intuito maior. Mas a recuperação socioemocional dos nossos estudantes, principalmente para aqueles que estão no último ano da educação básica, é de suma importância também. Precisamos cuidar dos nossos jovens por inteiro”, explica, da mesma forma, Rossieli Soares.