Encontro prevê artesanato com a cara de Diadema

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Fotos: PMD

Valorização do trabalho local e do patrimônio histórico da cidade são objetivos de rede formada na Casa da Economia Solidária

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (SEDET), por meio da Casa da Economia Solidária, realizou nesta terça-feira (19.03) grande encontro de artesãs e artesãos da cidade.

O objetivo foi marcar o Dia Mundial do Artesão, além de lançar proposta de fortalecimento do artesanato local. Cerca de 40 pessoas atenderam ao chamado.

“Temos grupos de artesanato que já são incubados aqui na Casa, mas fizemos um convite aberto a todos para que viessem tomar um café conosco e ouvir essa nova proposta,” explicou, em resumo, Fernanda Zita, formadora e uma das coordenadoras da Incubadora Pública de Empreendimentos Populares e Solidários (IPEPS).

Fernanda Zita

“A ideia principal é criar uma rede de artesãos e, a partir daí, fortalecer o artesanato local, incorporando nos trabalhos a história, os monumentos, as festas da cidade, enfim, criar um artesanato com a cara de Diadema”, disse, da mesma forma.

E por artesanato a Casa da Economia Solidária entende todo e qualquer trabalho que envolva a transformação de materiais em arte.

Sejam folhas e sementes, até vestuário, acessórios e peças de decoração.

“Ofereceremos aos participantes dessa rede oficinas de patrimônio histórico, de design, de gestão administrativa e financeira, de redes sociais e, por fim, criaremos uma nova feira do artesanato em Diadema, que valorize e divulgue o espírito da cidade,” concluiu, além disso, a formadora.

Dialogar é preciso

“A cidade precisa dialogar, debater as suas questões, como uma espécie de acupuntura urbana,” afirmou o secretário municipal Fábio Nunes, titular da SEDET.

Secretário Fábio Nunes

“O papel da arte na economia não é o mesmo das mais de mil indústrias do município, ou dos mais de 26 mil MEIs que temos abertos – ainda que muitos de vocês também sejam MEIs -, mas aqui vocês trabalham com a criatividade. Precisamos ter a ousadia de fazer essa economia aparecer, de fazer Diadema aparecer e esse é o papel de todas as pessoas que trabalham comigo na Secretaria de Desenvolvimento e aqui na Casa da Economia Solidária. Esses espaços são de vocês”, destacou Nunes.

Incubação

“A gente chama esse processo de incubação porque é exatamente como acontece com os recém-nascidos,” acrescentou Marcelo Lucas, diretor de Trabalho e Economia Solidária da SEDET.

“A gente recebe pessoas que querem empreender ou que já são empreendedores e buscam ir mais longe. Nós fazemos todo o processo de orientação, de capacitação, de assessorias e consultorias, com profissionais da área do Direito, da Alimentação, de Gestão Administrativa, Financeira, Contábil, e tudo isso estará a disposição desta rede. É uma equipe qualificada, mas com princípios: Os princípios da Economia Solidária”, disse.

O projeto tem apoio da Secretaria de Cultura.

“Essa visão da Economia Solidária é maravilhosa, amplia a noção de artesanato para além da venda e da compra,” celebrou Silvana Moura, da Cultura

Silvana Moura, da Cultura

“Estamos muito felizes com esta parceria, que vem desde o projeto Feira Feira. E não poderia deixar de ser: Artesanato é sobretudo arte”, destacou ainda.

Fazendo arte

Luiza Tochico Hada, 73, estava ali na Casa pela primeira vez.

Luiza Tochico Hada

“Faz anos que faço artesanato, mas nunca pus pra vender. Só faço mesmo para a família, para dar de presente. Mas recebi o convite e a proposta me interessou,” contou.

Ela, que frequenta o Centro de Convivência Municipal da Pessoa Idosa (CCMI), estava ali com outras participantes que também praticam o artesanato como um passatempo. “Quem sabe com mais espaços pros artesãos a gente não possa participar também, né?”

Já Robson Nascimento, 64, trabalha com artesanato há mais de 10 anos, principalmente estimulando a sustentabilidade junto a coletivos de catadores de recicláveis.

Robson Nascimento

“É daí que vem minha arte,” mostrou, exibindo, por exemplo, um quadrinho tridimensional de uma rua típica de Diadema.

“Antigamente já valorizamos muito mais nossa identidade. Precisamos resgatar isso. Pontos turísticos, a Festa de Nossa Senhora dos Navegantes, as comunidades. Fazer com que o público que visite nosso município, leve pra fora não só uma lembrança, mas o nome da cidade”, assinalou.

“É isso que queremos, fortalecer todas essas pessoas, nos mais diversos segmentos, para que a gente possa ter uma cidade mais sustentável, mais inclusiva, mais igual, com mais oportunidades para quem não nasceu em berço de ouro, como a maioria de nós aqui. Tenho certeza que esse é o embrião de um processo que vai alavancar o nosso trabalho e o trabalho de todos vocês,” resumiu o diretor Marcelo Lucas.

Diretor Marcelo Lucas

Interessados podem se cadastrar como artesãos, por exemplo, no site Coopera Diadema.

Ou, em conclusão, procurar diretamente a Casa da Economia Solidária (R. Prof. Evandro Caiafa Esquivel, 127 – Centro – 11 4055-5162).

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