Educação para um novo tempo: projetos implantados por escolas municipais de São Caetano atendem metas da BNCC

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Projeto pedagógico na EMEF Padre Luiz Capra teve Festa de Aniversário. Fotos: Letícia Teixeira / PMSCS

Pesquisar a história da cidade, criar um jornal escolar, escrever um livro de memórias, organizar uma festa de aniversário. Mas, o que essas atividades têm em comum?

Nas escolas municipais de São Caetano do Sul, esses e outros projetos pedagógicos são, em primeiro lugar, formas de mobilizar os alunos para o aprendizado de diferentes competências que atendem às metas da BNCC (Base Nacional Comum Curricular). 

Quem é professor já sabe de cor, acima de tudo, o que significa a sigla BNCC;

Quem tem filho em idade escolar também precisa ficar atento às quatro letras que prometem inovar a educação brasileira, introduzindo competências que vão além do aprendizado dos conteúdos tradicionais.  

O Currículo Municipal de São Caetano, que se inspira na BNCC, recomenda que a escola proporcione a aquisição de conhecimentos.

Mas, também, de pensamentos científico, crítico e criativo; repertório cultural; comunicação; cultura digital; trabalho e projeto de vida; argumentação; autoconhecimento e autocuidado; empatia e cooperação e responsabilidade e cidadania.

Isso é o que as escolas de São Caetano buscam com projetos transdisciplinares que promovem a intercomunicação entre as diferentes áreas do conhecimento.

Propósitos didáticos

“Trabalhar com projetos cria oportunidades para o professor articular diferentes propósitos didáticos e comunicativos, adequando-os à realidade de sua turma. Propicia, ainda, a junção entre as áreas de conhecimento e contribui para tornar as práticas vivenciadas na escola mais próximas das que estão presentes em suas realidades”, diz, por exemplo, a professora Izilda Marques, formadora do Cecape (Centro de Capacitação dos Profissionais da Educação) Drª Zilda Arns.

No final de novembro, o Cecape realizou mostra da produção das escolas municipais, nas quais se realizou a experiência de conduzir as ações escolares por meio de projetos.

Participaram desse projeto piloto, portanto, as Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEF) Bartolomeu Bueno da Silva, Padre Luiz Capra, Laura Lopes e Anacleto Campanella. 

“A atividade mostrou que o compromisso com as crianças testemunha a qualidade da atuação docente da rede municipal de São Caetano. Espera-se que em 2022 outras unidades escolares, sensibilizadas por essa experiência, acolham a metodologia de ensino que orienta a ação de ensinar e aprender com base em projetos”, diz, da mesma forma, o professor Wesley Dourado, responsável pelo expediente do Cecape.

Festa de aprendizado

As turmas de primeiro ano da EMEF Padre Luiz Capra organizaram uma festa de aniversário.

Eles sabiam que a festa era “de mentirinha”, mas o empenho foi real: para planejar uma festa é preciso marcar a data no calendário; escrever listas de convidados; calcular o número de docinhos e salgadinhos.

Afinal, há muito trabalho a ser feito em uma festa.

E muito aprendizado. Português, Matemática e Artes foram apenas algumas das áreas do saber desenvolvidas na organização da festa.

Houve também a aquisição de conhecimentos de idiomas – com os Parabéns a Você cantados em inglês e italiano; estudos culturais, comparando as tradições de diferentes países, e até iniciação científica.

As crianças fizeram experimentos no laboratório identificando a presença de açúcar nos alimentos e pesquisando pratos saudáveis para a festa, sob a orientação da professora Jaqueline Santa Rosa Beividas.

“A ideia da temática também foi romper um pouco a tristeza e o luto causados pela pandemia. Procuramos resgatar o prazer de estarmos juntos”, conta, em resumo, a professora Evelize Botaccini, que desenvolveu o projeto junto com as demais professoras de primeiro ano, Andreia Cristina Tortele dos Santos e Selma Beatriz Garbarino de Souza.

Laurinha e jornalistas

A EMEF Laura Lopes também planejou, da mesma forma, uma festa.

O objetivo foi homenagear Laurinha, nome carinhoso dado à patronesse da escola.

Alunos dos 1º, 2º e 3º anos envolveram-se nos preparativos, que incluíram a escolha de músicas e brincadeiras.

Já os alunos de 4º ano da EMEF Bartolomeu Bueno da Silva resolveram brincar de jornalistas.

“É uma turma falante, com opinião própria, que inspirou a ideia de produzir um jornal da escola, o Notícias do Bartô”, lembra a professora Izilda.

Entrevistas, passatempos e escritas de notícias foram, portanto, algumas das produções feitas pela turma.

E alunos dos 4º anos da EMEF Anacleto Campanella desenvolveram projeto sobre sustentabilidade, criando blogs e cartazes para conscientizar os colegas de outras turmas.

Outros projetos realizados por essas escolas envolveram, em conclusão, poesia, música, tradições culturais, pesquisa histórica e cidadania.

“Participar da experiência abriu outros horizontes para a prática escolar e uma ligação consistente entre a tarefa de auxiliar as crianças na construção das competências educacionais e de ajudá-las na construção delas mesmas. E este foi o testemunho de todos os grupos que participaram da mostra: os docentes disseram da alegria em fazer o projeto e de como as crianças ficaram felizes em participar deles”, destaca, além disso, Wesley Dourado.

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