Uma solenidade de Corpus Christi unida, em primeiro lugar, pela espiritualidade e pela solidariedade!
O bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini, destacou durante a missa ocorrida na tarde desta quinta (03.06|), que os gestos concretos de caridade dos fiéis que participaram da iniciativa do Tapete Solidário estão, em resumo, em sintonia com o sentido real da Eucaristia em nossas vidas, na prática de ações por um mundo mais justo e fraterno.
A celebração contou, em suma, com a presença de fiéis (até 25% da capacidade da igreja) e aconteceu na Catedral Nossa Senhora do Carmo, no Centro de Santo André.
“Esse sentido da partilha que nós buscamos sinalizar aqui com esse Tapete Solidário, no sentido de mostrar que a Eucaristia é fonte de vida espiritual e solidária. Não podemos ficar apenas como fonte de vida espiritual, mas uma vida espiritual que é solidária, voltada aos irmãos para o serviço”, enfatiza, acima de tudo.
A justiça social é necessária
Dom Pedro fez questão de agradecer, da mesma forma, ao dom da Eucaristia, inspiração para uma vida em Cristo, no amor e no serviço, e a todas as pessoas que doaram alimentos, roupas, agasalhos, cobertores e fraldas para a ação ocorrida nas paróquias do ABC e organizada pelo Vicariato Episcopal para a Caridade Social, que ajudará centenas de famílias carentes e pessoas em situação de rua nas sete cidades da região.
“Esse Tapete Solidário quer sinalizar você partilhando um pouco, você querendo um mundo mais justo, mais fraterno. Neste momento, no Brasil, estamos numa situação de grande divisão, de muitas dificuldades. Não só por causa da pandemia, mas também por causa de toda condução, o modo de organizar a sociedade montada no dinheiro, e não no bem-estar das pessoas”, reflete.
O bispo diocesano prossegue a linha de raciocínio baseada na atual realidade brasileira. “Quando se fala, o PIB (Produto Interno Bruto) está melhorando. Para quem? Se o desemprego está aí, 14,8 milhões de desempregados (dados referentes ao primeiro trimestre de 2021, divulgados pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a fome voltando. Então é preciso mais do que nunca a Eucaristia, esse sacramento do amor, que sabe criar um mundo novo, onde a lei maior é o amor e a justiça , e não a lei do dinheiro, da competição e da ganância”, pondera.
A Eucaristia transforma vidas
Segundo Dom Pedro: “nós comungamos o Corpo e Sangue do Senhor, para deixar esse amor de Deus, manifestado em Cristo, inundar o nosso coração e a nossa vida. Amando e servindo. Servir e amar a Cristo, na pessoa dos irmãos. Não existe uma Eucaristia voltada para dentro. É voltada para fora. Você não comunga só para a sua salvação, mas para salvação dos outros, também”, explica.
O bispo conclui, portanto, a reflexão: “Que nós possamos ao receber a Eucaristia, pedir ao Senhor, a graça de converter-nos a esse amor eucarístico, para sermos cristãos eucarísticos, que vivem a Eucaristia, porque a Eucaristia faz a Igreja. Está no centro do próprio ser da Igreja.”
Com as participações do vigário episcopal para a Pastoral e pároco da Catedral, Pe. Joel Nery; do vigário da Catedral, Pe. Flávio José dos Santos; e do secretário episcopal, Pe. Camilo Gonçalves de Lima, a missa, em conclusão, seguiu todas as medidas sanitárias em razão da pandemia da Covid-19: capacidade de até 25% da ocupação do templo; uso de máscaras e álcool em gel; distanciamento mínimo de dois metros entre as pessoas, a fim de evitar aglomerações; e igreja com portas e janelas abertas.
Fonte e fotos: Departamento de Comunicação da Diocese de Santo A