Bem-humorado, filme relata fatos curiosos e personagens marcantes na trajetória do primeiro hospital público da cidade; lançamento será em 31 de julho
O que acontece quando uma palhaça, muito engraçadinha, encontra, em primeiro lugar, uma cápsula do tempo?
Um verdadeiro baú de tesouros, com fatos históricos de uma das mais importantes cidades do País?
É esse, acima de tudo, o fio condutor do documentário “Tempo em Cápsula”.
Ele narra a história do Hospital de Câncer Anchieta, o primeiro hospital público de São Bernardo, hoje com mais de 60 anos de fundação.
Criado e produzido pelo Engraxados Manutenção do Riso, iniciativa artístico-social que leva palhaçaria para hospitais.
O objetivo do grupo é promover arte, cultura e humanização.
Já o filme narra, além disso, histórias reais de personagens que fizeram parte da história do equipamento.
Desde a ex-prefeita Tereza Delta, responsável pela sua construção, até pacientes e funcionários.
O filme foi produzido, por exemplo, com recursos da Lei Paulo Gustavo, por meio de edital, e tem data de lançamento prevista para 31 de julho, no Teatro Elis Regina, em São Bernardo, com lançamento simultâneo no Youtube, onde ficará disponível para quem quiser assistir.
Ao longo de maio e junho, o documentário vem sendo apresentado, em suma, em sessões de pré-estreias para funcionários do Complexo de Saúde de São Bernardo, que compreende os cinco hospitais da cidade, seguidas de rodas de conversa.
No documentário, Engraxada Curtiça, em seu cotidiano de trabalho, descobre a cápsula do tempo, a Dona Tereza Delta e outros fatos que compõem a história do Hospital Anchieta.
O documentário traz falas dos antigos diretores, funcionários e pacientes, a fim de registrar alguns afetos, fatos, fofocas e a importância da existência e resistência do primeiro hospital de São Bernardo.

Cápsula do tempo
Samara Montalvão, que dá vida à Curtiça, conta da surpresa de quando iniciou o seu trabalho de palhaçaria no Hospital Anchieta.
Ficou encantada com a história da cápsula do tempo, que é real, e foi encontrada em 2019, durante uma reforma.
“A princípio o objetivo era contar o marco do Hospital Anchieta como o primeiro hospital da cidade, idealizado e fundado por uma mulher, com o apoio da população, a pedra fundamental da saúde do ABCD, pelo olhar da Palhaça Curtiça”, conta.
“Depois, me dei conta da importância em registrar e mostrar para as pessoas outra mulher incrível e extremamente relevante para a saúde de São Bernardo, a enfermeira dona Myrthes Silva. Aí, descobri a história da Sirlene, hoje funcionária, que nasceu no hospital. Aí veio a história do Sr. Luís, paciente e restaurador do material que foi encontrado na cápsula. Minha intenção foi manifestar em filme a magia e importância do Hospital Anchieta e as histórias que fazem parte dele”, completa.
O projeto levou, além disso, um ano para ficar pronto, e enfrentou diversos desafios, todos superados.
Após o lançamento, Samara, ou melhor, Engraxada Curtiça, pretende levar o documentário para outros espaços onde a palhaçaria também alegra dos pacientes.
“Pretendo levar o Tempo em Cápsula comigo para exibi-lo em todas as oportunidades. Sessão de exibição, seguida de bate-papo, pois é também um recorte do que é o trabalho do Engraxados no Hospital”, conclui.