Nutricionista do CEUB recomenda molhos frescos e substituir os ultraprocessados para comemorar a data sem culpa
O Dia Mundial da Pizza, comemorado em 10 de julho, carrega também parte da história do Brasil.
A primeira pizzaria no País foi inaugurada em 1910, no bairro do Brás, em São Paulo.
A receita, trazida por imigrantes italianos na época do café, ganhou popularidade e recebeu um toque único com os ingredientes locais.
Para celebrar a data sem moderação, a professora de Nutrição do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Paloma Popov, dá dicas de como harmonizar a pizza com alimentação saudável e balanceada.
Para preparar uma pizza saudável, Paloma Popov recomenda optar por ingredientes naturais, a começar pelo molho de tomate caseiro, evitando os conservantes e aditivos dos molhos industrializados.
“Uma boa pedida é escolher uma massa integral ou de fermentação natural para aumentar o valor nutricional”, indica a nutricionista, uma vez que, por tradição, a pizza comum é feita com massa fermentada, semelhante à massa de pão.
Quanto ao recheio, a dica é: “Usar queijos magros, como ricota ou muçarela de búfala, e adicionar vegetais frescos: espinafre, rúcula, tomate, pimentão, abobrinha e berinjela. Proteínas magras, como frango grelhado ou atum, também são ótimas opções. Para finalizar, ervas frescas, como manjericão, orégano e alecrim, podem dar um toque especial”, destaca.
Segundo a docente do CEUB, o ideal é evitar os ultraprocessados, encontrados na maioria das pizzas. Nesta lista entram embutidos como calabresa, presunto e pepperoni. “Há alternativas como carne e frango desfiados e ingredientes preparados de forma caseira. Frango desfiado, milho e a clássica pizza marguerita, que leva queijo, tomate e manjericão, são excelentes escolhas para uma alimentação mais equilibrada”, explica.
Substituições saudáveis
Para reduzir o teor calórico da pizza sem comprometer o sabor, Paloma Popov recomenda investir em cada processo focado no mais natural possível.
É o caso dos molhos de tomate industrializados, que contêm amido, conservantes e corantes, diminuindo a qualidade da pizza.
“Um molho caseiro feito com tomates frescos e temperos naturais, como alho e manjericão, oferece um sabor superior e melhor valor nutricional.”
Os queijos, embora sejam processados, podem ser utilizados com moderação, com atenção para o índice de gordura de cada um, alerta a professora de Nutrição.
“Queijos mais amarelos, como muçarela, prato, provolone e cheddar, são mais gordurosos. Já o queijo minas, por exemplo, é menos gorduroso e usado em pizzas com combinações interessantes, como queijo minas com rapadura ou melado de cana. A muçarela é o queijo mais tradicional para pizza por seu derretimento perfeito e o bonito dourado que proporciona.”
Para as pizzas vegetarianas e veganas, a docente do CEUB recomenda diferentes tipos de queijos, sendo o tofu uma boa alternativa. Segundo ela, as invenções são diversas e podem ser nutritivas, combinadas com ingredientes como brócolis, alho, abobrinha e berinjela. Sobre a quantidade, Popov destaca que a pizza está associada a um momento prazeroso, de reunião com a família e amigos, sendo a porção ideal aquela que satisfaz a fome sem exageros. “A pizza já remete à ideia de comemoração, seja de um evento específico ou não. Essa é, para mim, a tradição mais especial de comer pizza”, conclui a nutricionista.