Meio Ambiente e Educação dão destaque, acima de tudo, a projetos de preservação
O ano de 2023 foi um marco, em primeiro lugar, no processo de conscientização ambiental de estudantes de Mauá.
Principalmente, por exemplo, na hora de conhecer o impacto do aquecimento global e a necessidade de preservar fauna e flora para o equilíbrio ecológico.
A cidade tem, em suma, destaque regional ao abrigar duas bacias hidrográficas, do rio Tamanduateí e do rio Guaió que deságuam no rio Tietê.
Além disso, nove sub-bacias diferentes e um conjunto de parques que atraem milhares de pessoas semanalmente.
Além de cerca de 8% de área verde preservada, no território de 61km².
Este marco no processo de conscientização das novas gerações se deve ao trabalho desenvolvido pelas equipes de Educação e de Meio Ambiente.
Projetos nas 44 escolas
Nas 44 escolas municipais, projetos são desenvolvidos pelos professores e professoras em salas de aula.
Desde os primeiros anos no berçário até o primeiro segmento do Ensino Fundamental, do 1º ao 5º ano.
Exclusivamente na Escola Municipal Cora Coralina, vai até o 9º ano, além da Educação de Jovens e Adultos (EJA) em 14 destas escolas.
No caso do 9º ano da Escola Cora Coralina, pesquisa em parceria com o SOS Mata Atlântica garante que os alunos aprendam sobre a conservação das nascentes de água, em especial a do rio Tamanduateí, no Parque da Gruta, sob orientação dos professores Sandra Chinchio e Agnaldo Fernando.
É o projeto ‘Observando os Rios’, em que os estudantes recebem os insumos para que possam pesquisar sobre a qualidade da água.
Além disso, verificar as condições ambientais em que a nascente percorre seu caminho até que se avolume num afluente do rio Tietê.
Além de despertar vocações científicas nos estudantes, o trabalho transforma a mentalidade dos jovens que compreendem a importância do cuidado com o meio ambiente.
“É uma forma diferente de aprender”, avalia, em resumo, o estudante Vitor de Souza de 14 anos.
Os alunos pequeninos compreendem a necessidade do cuidado ambiental a partir de experiências lúdicas desenvolvidas em sala de aula.
Eles vivenciam o plantio de horta e consumo de alimentos sem agrotóxicos, leitura de histórias sobre a conexão com a Natureza, como o livro “O Grande Rabanete”, que possibilita interação com minhocas e insetos, por exemplo, uso de materiais recicláveis na criação de brinquedos, entre outras ações.
Trilhas monitoradas
Outro trabalho fundamental na construção de uma mentalidade que valorize a preservação ecológica está sob responsabilidade do departamento de Educação Ambiental, da Secretaria de Meio Ambiente.
Equipes de educadores e monitores, em parceria com o Fundo de Solidariedade Municipal, acompanham visitantes dos parques Guapituba e Gruta Santa Luzia, em visitas às trilhas monitoradas.
Em 2023, cinco mil pessoas percorreram e conheceram os caminhos e a riqueza natural destes locais em mais de 100 trilhas monitoradas.
Sempre tendo contato com uma fauna e flora exuberante, e muitas vezes rara, por meio do Projeto ‘Olhar Verde’.
A equipe de Educação Ambiental ainda desenvolve “um interessante mini-curso de plantio de horta, a Oficina Verde de cuidados com as plantas, o plantio sistemático de mudas de árvores, que deve chegar a mais de três mil por ano, sem contar as palestras com temas ambientais para as escolas municipais, estaduais e particulares, Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e associações diversas”, explica, em conclusão, a gestora ambiental Débora Kuchnir.