A deputada estadual Carla Morando foi eleita relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo que vai apurar possíveis irregularidades e práticas abusivas, cometidas entre os anos de 2018 e 2023, pela Enel Distribuição São Paulo, concessionária de energia elétrica privada responsável pelo fornecimento a 24 munícipios da Região Metropolitana de São Paulo.
A reunião que escolheu a Mesa que presidirá os trabalhos do grupo aconteceu, em primeiro lugar, nesta terça-feira (30.05).
Carla destacou, acima de tudo, a importância da CPI, formada por nove integrantes efetivos e nove suplentes.
Ela deve investigar as quedas de energia, a cobrança de valores, o atendimento aos consumidores e prefeituras, os contratos e obras previstos e a infraestrutura da empresa.
“A população da Região Metropolitana e do Grande ABC vem sofrendo com a falta de investimento da empresa na melhoria do fornecimento de energia elétrica. Nosso trabalho é para que seja prestado serviço de qualidade para todos os cidadãos”, disse, em resumo, a relatora Carla Morando.
Ações
O grupo de trabalho da CPI deverá convocar representantes da Enel, do Procon e do Ministério Público.
Além disso, deve ouvir moradores das regiões atendidas pela concessionária de energia, para as reuniões da CPI que serão realizadas às quartas-feiras, às 11h.
A duração da comissão é, por exemplo, de 120 dias, prazo que pode ser aumentado para até 180.
Carla protocolou reclamações na Aneel, MP-SP e MPF
Lutando desde o primeiro mandato para atender o pedido da população quanto a prestação de serviços de qualidade por parte da Enel, a deputada Carla Morando esteve, em março, em Brasília onde protocolou na ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) uma reclamação sobre os péssimos serviços prestados pela Enel.
Acompanhada do deputado federal Marcelo Lima, a parlamentar também esteve no Ministério de Minas e Energia.
Em 2022, Morando protocolou representações contra a ENEL no Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) e no Ministério Público Federal (MPF).
As representações solicitam, em conclusão, a apuração e responsabilização da empresa, em âmbito estadual e federal.
Isso, para que ela adote as providências necessárias para regularização e melhora na prestação do serviço público de fornecimento de energia elétrica.
Sem contar a indenização da sociedade pelos prejuízos causados.