Comandante da Avel – Apolinário Veículos, grande concessionária Volkswagen, sucessora do pai, Isaías, Denize Apolinário nos deixou, aos 77 anos de idade.
Empresária determinada, enfrentou inúmeras resistências para assumir a empresa.
Viveu dramas pessoais inimagináveis, como a morte do filho mais velho, em acidente de moto, em 1987, o sequestro do pai, mas nunca esmoreceu.
Quem me deu a triste notícia, bastante emocionado, foi o também grande empresário do setor, Octavio Leite Vallejo, na tarde deste sábado (23.01).
Ele lembrou que ela tivera problemas de saúde, com tumores no cérebro, mas estava recuperada, “e, muito bem, ultimamente”.
Tinha saído com o marido para comprar cortinas para a casa, sofreu uma queda e precisou ser internada.
A partir daí, portanto, os problemas se agravaram, levando-a ao óbito.
Exemplo
Conversei com Denize Apolinário uma vez, por telefone. Ela me atendeu e conversou como se fôssemos velhos amigos.
Além disso, contou que o grande orgulho de seu trabalho na Avel era o fato de a Volks, quando queria mostrar o modelo de uma concessionária a outros parceiros, trazia-os para conhecer as instalações de sua loja.
No RH, antes de assumir o comando, revolucionou. Criou o jornal para os funcionários e promoveu a integração.
Falou, da mesma forma, dos entraves iniciais. O pai não a queria trabalhando, e dizia não ser um ramo para mulheres.
Sem dar-se por vencida, ela disse um dia a ele: “Arrumei emprego e vou trabalhar na Pirelli”. Bastou para ele mudar de ideia.
Se era para trabalhar, então que fosse ao seu lado.
Há pouco mais de 20 anos ele foi sequestrado, ficou doente, e os médicos recomendaram que se afastasse do comando da Avel.
Denize assumiu, mas sob a batuta dele. Logo depois, Isaías morreu (“eu era grande amigo dele”, lembra Octavio Vallejo”). Denize assumiu com maestria.
Um perda imensurável nesses tempo já tão difíceis. O sepultamento aconteceu neste sábado mesmo. Descanse em paz!