Joaquim Alessi
Sociedade Brasileira de Infectologia divulga orientações para a alta de casos de Covid em todo o País
Aumento significativo de casos decore, segundo o grupo, da circulação da subvariante Ômicron BQ.1 e outras variantes.
A grande maioria da população ainda não se deu conta, mas a realidade é que a cada cresce de forma vertiginosa a contaminação.
Mesmo pessoas que deveriam ser mais bem informadas, a exemplo de empresários, gestores públicos e até mesmo jornalistas, insistem em ignorar o aumento das ocorrências.
Poucas medidas, ou praticamente nenhuma, vêm sendo adotadas, portanto, pelas autoridades “responsáveis”.
Há poucos dias, em Santo André, inauguração em uma sala de no máximo 60 m², com mais de 60 pessoas aglomeradas, sem janela, nem ventilação, apenas três delas, três, usavam máscaras.
Irresponsabilidade é pouco para classificar esse tipo de comportamento, portanto.
Da mesma forma, alertas e orientações tornaram-se escassos nos períodos mais recentes.
Mas, enquanto isso, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) divulgou um comunicado na sexta-feira (11.11) alertando a população sobre o aumento de casos de Covid-19 no Brasil.
Divulgou, além disso, uma série de orientações que devem ser seguidas imediatamente no intuito de cessar este crescimento.
O aumento significativo, alertam, decorre da circulação da subvariante Ômicron BQ.1 e outras variantes.
Nota preocupante
“Pelo menos em quatro estados da federação já se verifica com preocupação uma tendência de curva em aceleração importante de casos novos de infecção pelo SARS-COV-2 quando comparado com o mês anterior”, diz a nota, em resumo.
Entre as recomendações, o uso de máscaras e o distanciamento social devem retornar ao cotidiano das pessoas, assim como no começo da pandemia e no auge dos casos, afim de evitar situações de aglomeração principalmente pela população mais vulnerável, como idosos e imunossuprimidos.
A sociedade também pede que sejam incrementadas as taxas de vacinação da Covid-19.
Principalmente no que tange as diferentes doses de reforço de primeira geração a depender da população elegível, que se encontram todas em níveis ainda insatisfatórios nos públicos alvo.
Eles apontam que também é de suma importância garantir a aquisição de doses suficientes da vacina para imunizar crianças de 6 meses a 5 anos.
Independente da presença de comorbidades, pois é essencial para barrar o crescimento de casos.
O grupo também recomenda a aprovação rápida e o acesso às vacinas de Covid-19 bivalentes de segunda geração.
As mesmas ainda estão atualmente em análise pela Anvisa.
Além disso, defendem a disponibilidade para uso no setor público e privado das medicações já aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Elas são, em conclusão, essenciais para o tratamento e prevenção contra a SARS-COV-2.