Objetivo foi divulgar os serviços para mulheres que sofrem violência doméstica e estimular participação no conselho
O Conselho de Mulheres de Diadema esteve na tarde de quinta-feira (27.07) nas ruas do centro, entregando panfletos e conversando diretamente com a população.
O objetivo era divulgar o conselho, estimular a participação de mulheres em suas reuniões e também informar sobre os serviços disponíveis para atender mulheres em situação de violência.
“Este mês é o Julho das Pretas e queremos alcançar principalmente as mulheres negras de Diadema,” explicou a artesã Leda Silva, atual presidenta do conselho.
“São elas que mais recebem salário baixo, as primeiras a serem vítimas de feminicídio, são as que geralmente aparecem na televisão como empregadas e raramente como protagonistas. Isto é uma questão de racismo estrutural, que vem desde a escravidão, quando nossas ancestrais já eram desqualificadas como mulheres”, disse.
Segundo Leda, mulheres negras vivem em estado de opressão desde aquela época e ainda há muito a fazer para livrá-las desta opressão.
“Em uma sociedade, não deveria haver diferença de tratamento entre mulheres negras e mulheres brancas, entre homens negros e brancos. Todos devemos ter oportunidades iguais.”
As integrantes do conselho, reunidas na praça da matriz, tinham um recado claro para dar Às mulheres que ali passavam: “Participem da política, frequentem as reuniões do conselho. E quando sofrerem alguma situação de risco, busque os serviços voltados para o bem-estar das mulheres, como a Delegacia de Defesa da Mulher, a Patrulha Maria da Penha, a Casa Beth Lobo e a Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres (CPPM). Se sofrer racismo, busque a Coordenadoria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (CREPPIR).”
As reuniões do Conselho de Mulheres são abertas e acontecem toda segunda terça-feira do mês, de manhã, na Câmara Municipal de Diadema.
A CPPM estava também na praça ajudando na divulgação e levando o apoio da Prefeitura ao ato. “Somos parte do conselho e auxiliamos a informar a população com relação aos seus direitos,” resumiu Sheila Onório, coordenadora da CPPM. “Enquanto o conselho pode sugerir, debater e fiscalizar políticas públicas, cabe à coordenadoria executá-las e estimular as demais secretarias do Governo a fazer o mesmo ao implantar ações e serviços em prol das mulheres. É o olhar do Poder Público sobre todo esse sistema, para que nossas mulheres parem de morrer.”
Sheila lembra que todos os novos totens de vigilância da cidade vêm armados de um botão do pânico, especialmente para a proteção das mulheres. “Muita gente pensa que é radar, para multar, mas não é. São câmeras ligadas a uma central, que ajudam a combater a violência e a criminalidade. E, ao pressionar o botão, a mulher que se vê em perigo tem acesso direto a um atendente que irá auxiliá-la.” Atualmente, Diadema conta com 25 totens espalhados pelas ruas da cidade.
Serviço:
Conselho de Mulheres de Diadema: conselhomulheres@diadema.sp.gov.br
Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres: Rua Almirante Barroso, 111, Centro / 11 4057-7925 / sheila.onorio@diadema.sp.gov.br
Coordenadoria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e Ouvidoria contra o Racismo: Rua Almirante Barroso, 111, Centro / 11 4057-7925 / marcia.silveira@diadema.sp.gov.br
Casa Beth Lobo: Rua das Turmalinas, 35, Centro / 11 4043-0737
Delegacia de Defesa da Mulher: Rua Santa Rita, 42, Centro
Patrulha Maria da Penha: 11 4043-6330 / 97185-6251
Ligue 180 / Aplicativo Proteja Brasil
Botão do Pânico – em todos os totens de vigilância da cidade