Conquista pelo Ramalhão de 2004 celebrada no Paço

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Homenageados. Fotos: Fotos: Alex Cavanha/PMSA
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Joaquim Alessi

Homenagem tímida, como reconheceu o próprio prefeito Paulo Serra – merecia muito mais pompa e destaque, de verdade -, mas pelo menos foi lembrada.

A conquista épica em um Maraca lotadaço, diante do gigante Flamengo, é para o Santo André e para Santo André um marco na história.

Além disso, foram os 2 a 0 no Templo do Futebol, antes mesmo o Ramalhão fizera uma campanha irretocável ao derrubar outro gigante, o Palmeiras.

Enfim, a sequência de jogos todo torcedor do Esporte Clube Santo André sabe, acima de tudo, de cor e salteado, ou “craveado”, citar as chuteiras.

Marcaram presença os ex-jogadores Dirceu (volante), Alex Bruno (zagueiro), Ramalho (volante), Da Guia (lateral), Makanaki (atacante), além de Sérgio Soares, que encerrou a carreira em 2004, e passou a ser auxiliar técnico do time.

Soares só não poderia imaginar, que exatamente na final no Rio de Janeiro, ele se tornaria o técnico, já que o treinador Péricles Chamusca estava suspenso.

Todos receberam placas comemorativas e ainda uma camisa com o número 20, em alusão ao maior título do clube.

Mas, se alguma memória falhar, segue um breve resumo, com datas, placares e locais de cada batalha superada até a guerra final.

Fatos e números

O Santo André goleou, na fase preliminar, o Novo Horizonte por 5 a 0, no Estádio Durval Ferreira Franco.

Na fase seguinte, depenou  o Galo, Atlético Mineiro, no jogo de ida, por 3 a 0, em casa, e perdeu por 2 a 0, no Mineirão.

Nas oitavas de final, contra o Guarani, empatou os dois jogos. No primeiro, 1 a 1, e no segundo, 0 a 0 – avançou pelo critério de desempate, de gols marcados fora.

Pelas quartas de final, o adversário foi o Palmeiras. No jogo de ida, 3 a 3, no Bruno Daniel.

Na volta, novo empate, mas por 4 a 4, no Parque Antarctica. Diante do XV de Novembro, na semifinal, derrota por 3 a 4, no Pacaembu, e vitória por 3 a 1, no Olímpico.

A grande final foi contra o Flamengo. Na primeira partida, jogo emocionante.

Jogando em casa, o torcedor ramalhino assistiu Roger abrir o placar para o Flamengo, aos 26 minutos do primeiro tempo.

O time voltou empenhado para o segundo tempo e, logo aos seis minutos, empatou com Osmar. Oito minutos depois, o Ramalhão virou o placar.

Mas, no final do jogo, Athirson empatou para o Rubro-Negro. O Flamengo jogaria a decisão em casa com a vantagem de dois gols feitos fora de casa.

Porém, naquele 30 de junho, no Maracanã, com um público de quase 72 mil pessoas, o Santo André venceu por 2 a 0.

Foram gols de Sandro Gaúcho, aos sete minutos, e Élvis, aos 22 do segundo tempo. O jogo acabou e o Santo André conquistou sua maior conquista até hoje.

Homenagem

Ainda que simples, limitada à entrega de algumas camisas e placas comemorativas, a homenagem desta quarta-feira (26.6) deve ser destacada.

Até para ajudar, da mesma forma, a ressaltar a necessidade de outras celebrações, que devem ser promovidas, sem dúvida.

Com o presidente Celso Luiz de Almeida em viagem aos Estados Unidos, o dirigente máximo presente foi o vice Luiz Carlos Duarte.

Conversamos rapidamente, e Luiz Carlos, empresário experiente (A Esportiva) falou das dificuldades em recolocar o time no patamar do qual jamais deveria ter saído.

O futebol mudou muito, exige recursos inimagináveis, e transformou-se em um negócio que virou, com perdão do trocadilho, verdadeira “bola de neve” .

E bola de neve porque coloca, muitas vezes, atletas e dirigentes em grandes geladas…

“Assisti com meu pai em casa; ele até chegou a pensar em ir ao Maracanã, mas não dava; eu estava em campanha para vereador…”, lembrou o prefeito Paulo Serra.

Mas, depois confessou o arrependimento: “Devia ter ido!”

Jornal com tiragem de 50 mil exemplares

O jornal ABC Repórter, do qual este jornalista era sócio à época, com Walter Estevam Júnior e Airton Resende, colocou nas ruas 50 mil exemplares.

Modéstia às favas, naquela tarde senti que o Ramalhão poderia vir a ser campeão, e sugeri aos sócios que nos preparássemos para uma edição histórica.

Combinamos com a gráfica, no Cambuci, que ficasse de prontidão, pois o jogo acabaria bem tarde, perto de meia-noite, e, em caso de conquista, a tiragem seria aquela.

Lembrei-me do saudoso Mestre, Jorge de Miranda Jordão, com seu bordão: “Põe papel na rua!”

Feito histórico, ganhei do presidente Celso Luiz Almeida uma das medalhas de Campeão da Copa do Brasil. Mas, isso é outra história.

Medalha e diploma assinado pelo então presidente Luiz Antonio Lepori e o secretário Norival Cardoso de Oliveira

 

 

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