Departamento de Vigilância Ambiental, ligada à Secretaria de Saúde, orienta a população perante aos cuidados que devem ser tomados
Os meses de junho, julho e agosto não são somente a época mais fria do ano, como também a mais seca. Essas características, associadas também a maior incidência de queimada florestais, afetam a saúde, aumentando a incidência de doenças respiratórias, cardiovasculares e neurológicas, principalmente nos grupos mais susceptíveis de idosos e crianças.
A Secretaria de Saúde de Ribeirão Pires, através do Departamento de Vigilância Ambiental, alerta que a exposição aos vários poluentes derivados das queimadas como o material particulado, dióxido de enxofre, óxidos de nitrogênio, monóxido de carbono e ozônio, podem provocar sintomas agudos de dores de cabeça, irritação e ardência nos olhos, tosse seca, rouquidão, cansaço, dermatite e até mesmo a ansiedade.
Por outro lado, existe também a preocupação com o aumento na procura pelo sistema de saúde, com pessoas com problemas sintomáticos respiratórios, como aponta Patrícia Bezerra, diretora de Vigilância à Saúde da cidade. ” A coexistência da pandemia da Covid-19 e o aumento de queimadas, podem sobrecarregar os serviços de saúde, superlotando as unidades e dificultando a vida da população”, destacou.
Atento a esta questão, a recomendação é que, especialmente nesta época do ano, as pessoas aumentem a ingestão de água e líquidos para manter as membranas respiratórias úmidas e assim mais protegidas; evitar exercícios ao ar livre quando a qualidade do ar estiver prejudicada; além de não atirar cigarros acesos na vegetação ou mesmo soltar balões.
Com os grupos susceptíveis, o cuidado deve ser ainda maior. “Crianças menores de cinco anos, idosos e gestantes, devem redobrar a atenção com relação às recomendações e devem estar atentas aos sintomas respiratórios e cardíacos e, em caso de crise, procurar o atendimento médico o mais precocemente possível”, diz, em conclusão, Patrícia.