Chocante: Enel anuncia que não pagará parte dos clientes prejudicados pelo apagão de 3 de novembro

In ABCD On
Presidente em exercício da empresa no Brasil, Guilherme Lencastre, durante depoimento na CPI da Alesp, presidida por Thiago Auricchio

Afirmação deu-se em depoimento ao deputado estadual Thiago Auricchio, presidente da CPI da Enel na Alesp

A Enel não vai ressarcir todos os consumidores afetados pelo apagão de 3 de novembro.

Revelação foi feita nesta quinta (07.12), pelo presidente em exercício da empresa no Brasil, Guilherme Lencastre, em depoimento na CPI da Alesp.

“É inaceitável e um exemplo da falta de compromisso e do respeito da empresa com o povo de São Paulo. Enquanto o comércio teve uma perda incalculável, diversas famílias perderam itens essenciais, como remédio e alimentos. Como eles ficam nessa história? É lamentável que a empresa atue com tanto descaso”, afirma, revoltado, em resumo, o presidente da CPI, deputado Thiago Auricchio.

Durante depoimentos dos representantes da concessionária em São Paulo e no Brasil, Max Xavier Lins e Nicola Cotugno, em novembro, na CPI, os mesmos afirmaram que a Enel buscaria uma forma de ressarcir todos os prejudicados.

Nas oitivas, Max e Nicola chegaram a estipular datas, mas descumpriram esses prazos.

Desprezo para com a população

“A Enel demonstra mais uma vez todo o seu desprezo com a população, principalmente com aquela que mais precisa. O plano que eles apresentaram recentemente atende uma parcela dos afetados, mas e o restante? Não merece o mesmo respeito e consideração? Nem o TAC proposto pelo Ministério Público eles quiseram assinar”, desabafa o presidente da CPI.

No dia 30, a Enel anunciou um plano que prevê a isenção de três pagamentos de conta de luz para clientes enquadrados na tarifa social e que são eletrodependentes.

Ainda no comunicado divulgado à imprensa, a concessionária afirma que “essa medida de apoio demonstra a sensibilidade e o compromisso social da empresa”.

“Nós não vamos tolerar isso e já estamos trabalhando em conjunto com o Ministério Público, principalmente com a promotoria da Defesa do Consumidor, para encontrarmos alguma forma de fazer com que a Enel arca com o caos que ela deixou para a população”, disse, em conclusão, Thiago Auricchio.

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