A equipe NEXT Mobilidade, responsável pela implementação do BRT ABC apresentou na terça-feira (14.05), portanto, ao Consórcio Intermunicipal do ABCD balanço do andamento das obras do novo modal, que ligará o Terminal São Bernardo ao Terminal Tamanduateí, em São Paulo.
A apresentação foi feita, acima de tudo, pelo arquiteto Flamínio Fichmann, porta-voz do BRT ABC, aos prefeitos do ABCD, com as devidas complementações e esclarecimentos do secretário-eExecutivo de Transportes Metropolitanos do Governo do Estado de São Paulo, Manuel Marcos Botelho, e do engenheiro Neto Braga, responsável pelas obras do sistema em implementação.
Com a participação da equipe executiva do Consórcio e dos demais prefeitos, houve consenso, por exemplo, na sugestão apresentada pelo prefeito de Diadema e presidente do Consórcio, José de Filippi Júnior, que sugeriu criar um grupo de trabalho para alinhar as demandas dos municípios, e detalhamento dos acessos ao cronograma das obras. A reunião ocorreu na sede do Consórcio, em Santo André.
Apoio local
Segundo o prefeito, sendo o BRT um sistema troncal, será importante, em suma, a elaboração de sistemas de apoio ao transporte público local das cidades da região.
Isso permitirá, por exemplo, acesso rápido e fácil dos cidadãos de todo o ABCD ao novo modal.
O BRT ABC é, em resumo, um sistema de transporte de 18km de vias exclusivas, atendidas por 92 ônibus elétricos e-Trol.
Além disso, com possibilidade de recargas de oportunidade durante o trajeto por rede área, sem necessidade de carregamento das baterias nas garagens.
Com autonomia de 350km, contando com as recargas de oportunidade, o e-Trol tem 21,5m e capacidade para 146 passageiros (60 sentados e 85 em pé, mais espaço para uma pessoa em cadeira de rodas ou com cão-guia).
O BRT ABC terá, da mesma forma, 16 paradas fechadas, com 35 e 55 metros de extensão, além de contar com três terminais.
Durante a reunião, representantes de quatro prefeituras pediram à NEXT Mobilidade (empresa gestora do BRT ABC), além disso, que os projetos de paradas dos ônibus elétricos permitam integração com outros meios de transporte, inclusive carros.
Segundo eles, essa integração dará aos usuários a opção de sair de casa com seus automóveis, estacionar o veículo perto de uma das paradas e seguir viagem até São Paulo pelo e-Trol, racionalizando os fluxos de trânsito.
Fase das obras
Além de José Filippe Júnior, de Diadema, estavam presentes, da mesma forma, à reunião, a prefeita de Rio Grande da Serra, Maria da Penha Agazzi Fumagali, e o prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira, o secretário-executivo de Transportes Metropolitanos do Governo do Estado de São Paulo, Manuel Marcos Botelho, entre outros.
Segundo o engenheiro responsável pela obra do BRT ABC, Braga Neto, a Fase 1 do projeto já está 90% concluída.
Esta fase compreende um trecho de 2.750m em alguns dos principais corredores de trânsito de São Bernardo do Campo, iniciando-se na Avenida Aldino Pinotti (Centro), seguindo pela Avenida Lauro Gomes (Paço Municipal) até a Avenida Winston Churchill (Vila Vivaldi).
A Fase 2 ligará a divisa de São Bernardo/São Caetano do Sul ao Terminal Tamanduateí e ao Terminal Sacomã, ambos em São Paulo.
As obras devem estar finalizadas até o fim de 2024 e o BRT entrará em operação entre janeiro e fevereiro de 2025.
Linhas
O porta-voz do BRT ABC, Flamínio Fichmann, explicou aos prefeitos que o sistema prevê três tipos de linhas: Expressa, Semi-expressa e Paradora.
A Expressa permitirá ao usuário fazer a viagem em 35 minutos entre o Terminal São Bernardo e o Terminal Tamanduateí, sem interrupções, e com auxílio de uma pista de ultrapassagem perto de todas as 16 paradas.
A Parada Metrópole, perto do Paço Municipal de São Bernardo, já está concluída. Ela será, por exemplo, o modelo para as demais paradas previstas no trajeto.
Prevê ar-condicionado, wi-fi, bilhetagem antes do embarque, acesso em nível aos veículos e facilidades para pessoas portadoras de deficiência.
Terá também o ITS, um conjunto de ferramentas tecnológicas para controle da operação.
O ITS municiará os gestores do BRT ABC, portanto, de informações em tempo real sobre horários dos ônibus, condições de trânsito, lotação etc.
Sempre garantindo a interoperabilidade entre as paradas e o futuro Centro de Controle Operacional, no Terminal São Bernardo.
O porta-voz do BRT ABC ressaltou, em conclusão, que o modal, por ser atendido exclusivamente por ônibus elétricos movidos a energia limpa, contribuirá de forma significativa para diminuir a poluição do ar.
BRT-ABC em números
- Capacidade de até 600 mil passageiros/dia, com demanda inicial de 173 mil passageiros/dia.
- Operação com 92 ônibus totalmente elétricos fabricados no Brasil, com tecnologia nacional, inclusive baterias, por meio de parceria entre empresas como Eletra, Mercedes-Benz, WEG, Caio e outras;
- Veículos de piso baixo, não poluentes, silenciosos e confortáveis, com wi-fi e ar-condicionado;
- Trajeto em via segregada, com 16 paradas fechadas e mais três terminais;
- Bilhetagem realizada nas paradas, antes do embarque nos veículos, facilitando o acesso; embarque em nível e ampla acessibilidade;
- Custo total estimado em R$ 950 milhões, inteiramente a cargo da empresa privada operadora (Next Mobilidade);
- Trajeto de 18 km, atendendo diretamente três municípios do Grande ABC (São Bernardo, Santo André e São Caetano), mais Diadema e Mauá (via Corredor ABD).
- Interligação com três terminais: São Bernardo (Paço Municipal), Tamanduateí (Linha 2-Verde do Metrô e Linha 10 Turquesa da CPTM) e Sacomã (Linha 2-Verde do metrô e Expresso Tiradentes).
- Três opções de linhas, em conclusão: Paradora, Semiexpressa (oito estações) e Expressa (só os terminais São Bernardo, Tamanduateí e Sacomã); a linha Expressa fará o trajeto em menos de 35 minutos.
