Movimento, comercializado por meio da Voqen, fortalece, em suma, a competitividade da companhia e avança na transição energética da indústria com flexibilidade, economia e descarbonização
A Braskem concluiu, em primeiro lugar, a migração de seu parque industrial do ABCD para o mercado livre de gás natural, com comercialização da molécula, a gestão do transporte e o suporte estratégico da Voqen, sua comercializadora de energia elétrica e gás natural.
O movimento é, acima de tudo, um passo importante dentro da estratégia de descarbonização e eficiência operacional da companhia.
Além disso, reforça sua posição como referência no setor ao adotar uma matriz energética mais competitiva, flexível, confiável e de baixo carbono.
Avanço significativo
“Esse é um avanço significativo para o Polo do ABC, que se posiciona na vanguarda da transição energética da Braskem. A migração traz ganhos concretos em eficiência, economia e sustentabilidade para nossas operações, reforçando nosso compromisso com a inovação industrial e o desenvolvimento da região”, explica, por exemplo, Luis Antonio Pazin, diretor industrial da Braskem São Paulo.
O processo contemplou as plantas Q 3, PE 7 e PP 4, sendo esta última migrada em janeiro e as demais, da mesma forma, durante abril.
Com isso, o consumo diário das unidades no ambiente livre atingiu, em suma, mais de 700 mil metros cúbicos por dia.
O número marca novo patamar na gestão energética da companhia e uma mudança estrutural no suprimento de gás natural em suas operações de São Paulo.
“Essa migração é fruto de anos de trabalho na construção de uma estratégia robusta de energia, que alia competitividade, sustentabilidade, flexibilidade e inteligência operacional. A entrada no mercado livre de gás natural representa um divisor de águas para a Braskem”, afirma Gustavo Checcucci, diretor de Energia e Descarbonização Industrial da companhia.
Economia
Na prática, a migração viabilizou à Braskem ter acesso, via Voqen, a diferentes fornecedores em condições mais vantajosas.
Isso, com oportunidades de redução de custos com gás natural entre 5% e 25% nas unidades migradas em relação ao mercado regulado.
A negociação em escala, somada à gestão estratégica, comercial e técnica da Voqen, foi fundamental para otimizar a estrutura tarifária e logística do transporte do gás.
Além disso, permite capturar oportunidades antes inviáveis devido ao elevado custo desse energético.
A abertura do mercado de gás natural no Brasil, impulsionada pela Nova Lei do Gás (2021), permitiu a consumidores industriais acessar modelos de contrato com mais liberdade de negociação.
O avanço da maturidade regulatória do Estado e a infraestrutura local permitiram que estas fossem as primeiras plantas da Braskem a capturar a oportunidade.
A escolha pelo modelo livre também oferece importante flexibilidade contratual, permitindo ajustes conforme as oscilações do mercado e as necessidades de produção.
“A previsibilidade no custo da energia e a flexibilidade contratual são pilares estratégicos para a operação industrial. Isso nos permite tomar decisões mais rápidas, com impactos positivos sobre nossa produtividade e competitividade”, complementa Checcucci.
Inteligência energética e visão de longo prazo
Responsável por estruturar, comercializar e operacionalizar a migração, a Voqen é uma comercializadora de energia com DNA industrial.
Possui mais de R$ 3 bilhões em contratos ativos.
Criada a partir da expertise da Braskem, a empresa atende atualmente 39 unidades industriais com soluções em energia elétrica, gás natural e biometano.
Assim, promove ganhos consistentes de eficiência energética no setor.
Segundo Claudio Lindenmeyer, diretor de Comercialização de Gás Natural e Biometano da Voqen, a empresa está preparada para atender ao crescimento do mercado livre de gás natural no Brasil e vem ampliando suas operações ao longo de 2025.
Como parte desse movimento, a companhia iniciou um novo ciclo de aquisição de gás para expandir seu portfólio.
A meta é chegar a 2 milhões de m³/dia comercializados até janeiro de 2026, com foco em novas migrações de seus clientes já contratados, previstas inclusive para outros Estados como Rio Grande do Sul e Bahia.
“Estamos fortalecendo nosso portfólio de suprimento para atender tanto as unidades industriais da Braskem quanto novos clientes. Estruturamos uma carteira diversificada e otimizada de moléculas, com gestão eficiente do transporte, o que nos permite reduzir custos, evitar penalidades e ampliar as oportunidades para nossos parceiros”, destaca Lindenmeyer.
Energia como vetor de descarbonização e sustentabilidade
Com a mudança para o mercado livre, a Braskem amplia, portanto, sua capacidade de reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).
Sempre de modo a alinhar suas operações à transição energética global.
A companhia já possui metas ambiciosas de neutralidade de carbono e tem investido na diversificação de sua matriz energética.
Tal diversificação inclui o uso de fontes renováveis como solar, eólica, biomassa e biometano, entre outras.
O objetivo é reduzir 15% das suas emissões de GEE até 2030 em relação às emissões médias de 2018 a 2020.
Para tanto, já foram implementadas iniciativas que totalizam uma redução de mais de 1,1 milhão de toneladas de CO2e.
E a migração das plantas paulistas é um passo adicional nesse processo.
Ela reduz a dependência de combustíveis fósseis residuais e abre caminho para fontes mais limpas e integradas.
Além disso, a flexibilidade adquirida com o mercado livre permite que a companhia adapte com mais fluidez sua estratégia conforme novas tecnologias e oportunidades de compra surjam no horizonte.
“Estamos construindo uma matriz energética moderna e de baixo carbono, alinhada às exigências dos nossos clientes e aos compromissos da Braskem com o desenvolvimento sustentável. Cada etapa da transição energética é, ao mesmo tempo, uma conquista operacional e uma declaração de futuro”, afirma, em conclusão, Checcucci.
