Joaquim Alessi
Em mais um de seus inúmeros momentos de genialidade, Cazuza cobrou, em primeiro lugar: “Brasil, mostra tua cara!”
Mas, foram poucas as oportunidades em que o Brasil de fato tirou a máscara e teve coragem de olhar no espelho.
Nesse ponto, os criminosos bolsonaristas que tomaram de assalto os palácios do poder escancaram à Nação o que de fato são.
Reafirmaram com palavras e excrementos: “Estamos cagando e andando para o País”.
Assumiram em todos os sentidos o que são. Merda!
Vomitam a defesa de “Deus, Pátria e Liberdade!”.
Na prática, são capetas em forma de políticos; seu líder tem horror ao “t” (notadamente maiúsculo), e transforma Pátria em Pária; enquanto os fanáticos confundem liberdade com libertinagem.
Esfaqueiam obras de arte porque sentem asco a tudo o que cheira a cultura.
Roubam computador com a certeza de que apagarão a memória do povo brasileiro.
E nos fazem lembrar o músico e poeta chileno Victor Jarra.
Aos ter as mãos decepadas pelo ditador Pinochet, ele teria exclamado: “Eles pensam que eu escrevo com as mãos”.
Um domingo que pode ser sintetizado no histórico livro de Ruben Fonseca: “Secreções, Excreções e Desatinos”
Porém, mais do que o Brasil, a humanidade respondeu que não pode conviver com essa espécie de elementos.