Joaquim Alessi
Premiação foi para o disco “Pasieros”, feito com o cantor panamenho Rubén Blades
O Boca Livre faturou, em primeiro lugar, o Grammy de melhor álbum de pop latino pelo disco “Pasieros”, gravado com o cantor panamenho Rubén Blades.
Eles concorriam, por exemplo, com a americana Christina Aguilera e os colombianos Camilo, Fonseca e Sebastián Yatra.
Fã da música brasileira, o panamenho Blades, que, acima de tudo, renovou a salsa com sua temática engajada, cercou-se de instrumentistas brasileiros e dos vocais do Boca Livre em “Pasieros” para uma viagem pelo seu próprio repertório, de canções emblemáticas como “Vida”, “Día a Día”, “Aguacero”, “Dime” e “Pedro Navaja”.
O disco foi gravado em 2011, mas só foi lançado no ano passado.
No Brasil, “Pasieiros” foi lançado apenas nas plataformas digitais e ganhou uma versão português, batizada de “Parceiros”.
Nela, as canções do artista panamenho surgiram, além disso, com versões assinadas por Zeca Baleiro, Nei Lopes, Ivan Santos, Fausto Nilo e Lourenço Baêta.
Famoso por seu disco de estreia de 1979, um dos grandes sucessos da música independente brasileira, dos hits “Toada” e “Quem tem a viola”, o Boca Livre se viu, portanto, em turbulências em 2021.
Foi quando Zé Renato, integrante desde a primeira formação, em 1978, e Lourenço Baeta, que entrou em 1980, deixaram o quarteto por divergências políticas com Maurício Maestri, um dos fundadores.
Dias mais tarde, David Tygel, outro dos fundadores, também deixou o grupo. E o anúncio da saída foi feito, em primeira mão, no Programa Joaquim Alessi, conforme pode ser visto no vídeo abaixo.
Zé Renato e David Tigel concederam essa histórica entrevista a este jornalista.