Para o diretor Rodolfo Quaresma, da empresa de facilities Embraps, a tecnologia é uma aliada ao trabalho do porteiro
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O avanço da tecnologia representa novas ferramentas para garantir a segurança de condomínios comerciais e residenciais. Em Santos, cidade do litoral paulista com grande potencial turístico e que possui vários apartamentos para temporada, os condomínios investem em sistemas de monitoramento integrados que controlam a entrada e saída dos prédios, entregas e visitas, gerando uma maior sensação de segurança e comodidade aos moradores.
Entre os serviços tecnológicos mais adotados atualmente, estão serviços de reconhecimento facial, sensores de presença, portarias à distância,tags (chaveiros de acesso) e biometria, além do monitoramento integral de todas as áreas comuns do prédio. Outra medida adotada é a integração de um armário para recepção de encomendas menores, o que dispensa a necessidade da entrada do entregador, que já pode ser limitada, também, pela adesão a portões duplos com a identificação facial.
Mas tudo isso não tira o porteiro de seu posto. Segundo o diretor da Embraps, empresa especializada em facilities que atende vários tipos de condomínio, Rodolfo Quaresma, a tecnologia é uma aliada importante ao trabalho deste profissional.
“Com a implementação desses sistemas de segurança, o porteiro tem maior controle das entradas e saídas do condomínio e, ao mesmo tempo, consegue se concentrar em outras tarefas de sua função, como o recebimento de encomendas, por exemplo. Nota-se, então, que a tecnologia ajuda a otimizar o trabalho do porteiro e atualiza a profissão para os novos tempos”, diz.
É o caso do condomínio onde o desenvolvedor de software Augusto Ataíde mora, em São Vicente/SP, há três anos. O prédio é equipado com reconhecimento facial em todas as portas de acesso ao condomínio, desde os portões principais até as entradas do salão de festas, piscina e academia. O local conta também com a presença do porteiro, que, segundo Augusto, já ajudou a prevenir situações como a “carona”, ou seja, quando um indivíduo de fora aproveita a entrada de um morador para segui-lo para dentro.
“Já passei por uma situação em que um visitante tentou entrar comigo, aproveitando o momento em que liberei o acesso facial. Assim que passamos pelo portão, o porteiro abordou o visitante e solicitou sua identificação. Neste caso, era realmente um visitante, mas, pensando em um cenário mais grave, poderia ter sido uma pessoa mal-intencionada. A entrada não autorizada desta pessoa poderia, por exemplo, resultar em roubo a um morador. Na minha visão, a presença do porteiro ainda é extremamente importante”, relata Augusto.
Quaresma explica que alguns moradores ainda enfrentam desafios para se adaptar às novas tecnologias, o que reforça a importância do porteiro. “Além de acompanhar a entrada segura do morador, o porteiro dá suporte aos moradores, especialmente aos que ainda estão se adaptando às mudanças tecnológicas. Além disso, muitos deles, especialmente os mais velhos, têm uma sensação de segurança ainda maior ao ver uma pessoa dentro da guarita”, afirma.