ATENÇÃO PAIS: Barbie não é um filme para crianças

In ABCD, Canto do Joca On
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Barbie/Divulgação
Para a educadora Stella Azulay, o conteúdo de humor ácido e irônico com reflexões sobre equidade de gênero no filme são, acima de tudo, mais bem compreendidos por adultos e deve ser um filme “obrigatório” para homens

O filme da Barbie – a icônica boneca que se tornou padrão de beleza feminino – não é, em primeiro lugar, recomendado para crianças.

A afirmação é da educadora parental Stella Azulay.

“O motivo é que as personagens abusam do humor ácido e o filme traz reflexões sobre equidade de gênero e patriarcado, tópicos mais bem compreendidos por públicos adultos”, diz ela, em resumo.

Ela enfatiza, além disso: “Recomendo para qualquer homem ou marido, para que eles tenham noção da imensa distância que precisamos diminuir em termos de equidade de gênero”.

A educadora levantou, portanto, três questões apontadas pelo filme:

1) Desigualdade de gênero

No filme, a educadora aponta, por exemplo, situações em que a mulher ainda é vista como frágil e dependente dos homens.

“O filme traz a reflexão sobre o quanto ainda as mulheres são tidas como frágeis, e os homens, como poderosos. O mundo é dos homens”, assinala, da mesma forma.

Apesar dos avanços em questões de gênero, ainda há, além disso, muito a ser feito, argumenta Azulay.

“O filme Barbie grita na nossa cara o quanto ainda estamos longe de uma situação de relação igualitária. E isso não tem a ver com feminismo, tem a ver simplesmente com preconceitos enraizados”, assinala, por exemplo.

2) Sobrecarga invisível

A educadora chama atenção, da mesma forma, para um tema que considera bastante sensível, a sobrecarga invisível – as tarefas domésticas e familiares pouco valorizadas que, culturalmente, acabam recaindo sobre as mulheres.

“A mulher está cansada e sobrecarregada. O trabalho invisível é dela e ninguém percebe, não existe qualquer tipo de reconhecimento, nem da própria mulher”, argumenta.

A sobrecarga invisível é um dos enredos centrais e, para a educadora, o filme acerta ao trazer a questão para os holofotes.

“As mães e mulheres que trabalham fora ou  não trabalham fora, acumulam as tarefas domésticas e isso ninguém aplaude. E isso cansa muito, suga as nossas energias”, destaca.

3) Estereótipo feminino

Outra mensagem importante do filme é a criação de expectativas irreais geradas por estereótipos femininos, detalha Azulay.

Desde seu lançamento, há décadas, a boneca Barbie possui atributos de beleza considerados inalcançáveis para muitas meninas – loira, olhos azuis e esbelta – e que estão por trás de um sentimento de inadequação.

Para Stella Azulay, tão prejudicial quanto querer corresponder a um estereótipo é, em suma, tornar-se um, mesmo de forma inconsciente.

“A Barbie da atriz principal (Margot Robbie) seria a Barbie perfeita, mas foi chamada no filme de estereotipada. E a Barbie estereotipada como perfeita, chora, fica triste, tem pensamentos sobre morte e se culpa por entender que talvez tenha trazido confusão para o universo da Barbielândia. No final das contas, o que  ela desejava mesmo era ser comum”, argumenta, em conclusão, a educadora.

Sobre Stella Azulay

Stella Azulay é jornalista e educadora parental da Juntos Educação Parental com especialização em Análise de Perfil e Neurociência Comportamental.

Escritora e palestrante. Analista de perfil formada pela Success Tools; extensão em Neurociência Comportamental pela Faculdade Belas Artes; coach de vida e carreira pela Sociedade Brasileira de Coaching; educadora parental pela Positive Discipline Association.

Adotou o tema Educação, em suma, como missão. É mentora e conselheira de pais e adolescentes. Em 2021 fundou e dirige a JUNTOS Educação Parental.

É mãe de quatro filhos. Lançou seu primeiro livro em Junho de 2022: ‘Como educar se não sei me comunicar’ e também seu primeiro livro caixinha ‘Conte sua história para seu filho’. Jornalista pela Fundação Cásper Líbero, trabalhou como repórter em emissoras como SBT e TV Record e foi correspondente em Jerusalém/Israel pelo SBT, onde morou por quatro anos.

Juntos Educação Parental

A Juntos Educação Parental nasceu a partir de duas empresas criadas em 2011.

O Escritório de Desenvolvimento Humano Stella Azulay sempre atendeu executivos, executivas, mulheres procurando melhorar a carreira, que também são pais e mães, adolescentes do ensino médio na fase de decisão sobre a carreira e empresas.

A XD Education é uma empresa de tecnologia em educação que já impactou mais de 400 escolas no Brasil, colocando softwares em 3D em salas de aula.

Durante a pandemia, Stella promoveu lives e palestras para as escolas da XD Education, uma das clientes do Escritório de Desenvolvimento Humano.

Nesses encontros com pais, jovens e educadores, a educadora parental percebeu uma grande demanda e decidiu criar algo mais robusto para atender esse público.

Foi da fusão dessas duas expertises que nasceu a Juntos Educação Parental, criada oficialmente em 2021.

A missão da consultoria é oferecer conhecimento e bem-estar, empoderando os pais em suas funções educadoras.

A meta, em conclusão, é que pais bem preparados possam preparar melhor os filhos para os desafios da vida no século 21.

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