Alteamento de muros marca nova fase do ReFundação em São Caetano

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Há um mês foi iniciada, em primeiro lugar, a obra de alteamento do muro que margeia o Rio Tamanduateí, na Avenida dos Estados.

A intervenção, que integra o ReFundação, consiste, acima de tudo, em elevar a altura do muro do lado de São Caetano do Sul para igualá-lo ao da margem de São Paulo, que é mais alta.

Em alguns trechos, o aumento necessário chega, por exemplo, a dois metros.

E a previsão é que essa etapa leve 83 dias no total.

Uma primeira fase, que abrange um trecho de aproximadamente 240 metros, entre os números 7 e 205 do Bairro Fundação, foi entregue no início desta semana (7.10).

O plano completo prevê o alteamento de cerca de 5 mil metros.

Essa medida é parte de um conjunto de ações planejadas para reduzir os impactos das cheias na região.

Com o alteamento, será adicionada uma capacidade extra para conter a água em dias de chuva.

Isso evitará que o excesso transborde para o lado de São Caetano do Sul, especialmente no Bairro Fundação, como ocorre atualmente devido à diferença de altura entre os muros.

Refundação

O ReFundação, maior programa de combate a enchentes de São Caetano do Sul, faz parte do Programa de Desenvolvimento Ambiental e Saneamento Básico de São Caetano do Sul (Prodesa).

Teve início em março de 2024, com previsão de conclusão para 2026.

São diversas ações, que combinadas atuarão para diminuição dos impactos das enchentes que historicamente afetam a região.

Com financiamento de US$ 50 milhões pela CAF (banco que fomenta o desenvolvimento de cidades da América Latina e Caribe) e contrapartida de quase U$$ 12 milhões do município.

Além do alteamento dos muros, há a construção de um piscinão com capacidade para 18 milhões de litros de água.

Ele atualmente está em fase de escavação e concretagem, representando 15% do seu trabalho concluído.

Tem também a instalação de aproximadamente 22 km de nova tubulação de drenagem e esgoto.

As intervenções estão sendo realizadas, portanto, nos bairros Fundação, Centro, Cerâmica, Oswaldo Cruz, Mauá, Nova Gerty, São José, Santa Paula e Santo Antônio.

Nessas áreas não existe infraestrutura adequada, ou há tubulações antigas e subdimensionadas.

A substituição resultará em um aumento significativo na capacidade de escoamento das águas pluviais.

O projeto traz soluções complementares: enquanto o piscinão irá reter a água durante as chuvas intensas e liberá-la gradualmente após a redução do nível do rio, a nova e mais ampla infraestrutura de drenagem canaliza um maior volume de água e esgoto, resultando, em conclusão, na redução do índice de alagamentos.

Fotos: Alexandre Yort / PMSCS

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