Edição teve, acima de tudo, com 608 artistas inscritos, 38 selecionados e 9 deles premiados
O dia do aniversário de 472 anos de Santo André foi coroado na noite desta terça-feira (08.04) com importante evento no Salão de Exposições do Paço Municipal: a abertura da 52ª edição do Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto.
O início da visitação do público da tradicional mostra – que fica no espaço até 27 de junho – contou, em primeiro lugar, com a participação do prefeito Gilvan Junior.
Para a formação do salão, a edição deste ano teve como membros da Comissão de Seleção e Premiação, por exemplo, o curador Andrés Inocente, o crítico de arte José Bento Ferreira e a professora e pesquisadora de arte Lúcia Klück Stumpf.
Foram, ao todo, 608 artistas inscritos de todo o Brasil, sendo selecionados, em suma, 38 artistas para expor ou apresentar suas obras.
Desses, nove foram, portanto, premiados.
Esses trabalhos, consequentemente, serão incorporados ao acervo artístico da Prefeitura de Santo André e administrado pela Casa do Olhar Luiz Sacilotto.
As inscrições vieram, além disso, de 22 Estados brasileiros, sendo as maiores representações de São Paulo (63%), Rio de Janeiro (7%) e Minas Gerais (5%).
A diversidade de raça e cor também se fez presente.
Teve inscritos que se identificaram como indígenas (1%), amarelos (4%), pretos (8%), pardos (13%) e brancos (69%).

Cultura também é essencial
“Para uma cidade avançar cada vez mais ela precisa, sim, de Saúde e de Educação, mas a Cultura também é essencial. A gente precisa dela para viver e para contar a história. Hoje é aniversário da cidade e estamos celebrando ‘cada canto, uma história; cada história, um orgulho’, respeitando muito todos aqueles que passaram pela história da cidade, pelo desenvolvimento que fez Santo André chegar até aqui, mas também apontando para o futuro, com a cultura viva, participativa e ativa”, destacou, em resumo, o prefeito Gilvan, que percorreu os corredores do Salão de Exposições, conheceu sobre as obras e até mesmo interagiu com alguns dos trabalhos mais imersivos.
“Neste ano celebramos o 52º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto. Para mim, algo que resiste ao tempo por tantas décadas deve ser comemorado. A história é muito longa. E podemos hoje ter a oportunidade de compartilhar a produção da arte contemporânea de todo um país, incluindo artistas de nossa cidade e do ABC. A comissão de seleção e premiação fez um trabalho primoroso, procurando escolher diversas técnicas, desde a pintura às interações tecnológicas. As obras premiadas tornam-se acervo cultural da cidade, presente este à altura da aniversariante de hoje, Santo André”, assinalou, da mesma forma, a secretária de Cultura, Azê Diniz.
O artista andreense Pietro di Pompeii, que recebeu o Prêmio Estímulo, explora em sua obra o Moinho São Jorge.
Trata-se de um dos símbolos da época industrial da cidade, em um trabalho realizado em diversas folhas de papel.
Individualmente, elas trazem, em suma, elementos do moinho e, conjuntamente, formam a própria construção da antiga fábrica.
Outros dois artistas da região selecionados foram Thatiana Cardoso, de São Bernardo do Campo, e Vitória Fogaça, de São Caetano do Sul.
Artistas selecionados
Os artistas selecionados e premiados foram: Alessandro de Castro Alvim (Prêmio Aquisição); Coralina De Sordi (Prêmio Aquisição); Diogo Nógue (Prêmio Aquisição); Elaine Fontes (Prêmio Aquisição); Génova Alvarado (Prêmio Aquisição); Mariana Longo (Prêmio Aquisição); Pietro di Pompeii (Prêmio Estímulo); Rafael Ski (Prêmio Aquisição); Tarcísio Benevides (Prêmio Aquisição); e Wesler Machado Alma (Prêmio Aquisição).
Já os artistas que completam a lista dos selecionados são: Ana Spett; Andrea Brazil; Andréia Kris; Carol Ambrósio; Cássia Olivier; Claudio Barros; Cláudio Souza; Coletivo Duas Marias; Gilio Mialichi; Jan M.O.; João Cardoso; Leandro Celestino; Livi Liu; Lívia Gomes; Liz Under; Lucas Flygare; Luiz Queiroz; Luiza Poeiras; Márcio Petini; Marina Schroeder; Naomi Shida; Patricia Ariane; Renata Amaral; Sabrina Savani; Thatiana Cardoso; Timóteo Lopes; Tonil Braz; e Vitória Fogaça.
Criado em 1968, em plena ditadura militar, o Salão constituiu-se como espaço democrático.
Ele reúne público, artistas, curadores, pesquisadores e gestores em torno da missão de promover e difundir a arte contemporânea.
Da mesma forma, abre-se para a pluralidade de produção artística e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas.
Assim, tornando-a acessível ao maior número de pessoas possível.
Nestes 55 anos, o Salão abrigou, da mesma forma, parte significativa dos movimentos artísticos brasileiros.
Teve, por exemplo, a abstração geométrica, o novo realismo, a pop arte e arte postal, a geração 80, a produção da gravura e da fotografia.
Em conclusão, do videoarte e do graffiti, a explosão dos coletivos artísticos, das performances e arte digital, as intervenções urbanas e a arte pública.
Serviço – 52º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto
Data: de segunda a sexta, até 27.06.2025
Horário: das 10h às 17h
Local: Salão de Exposições do Paço Municipal (Saguão do Teatro Municipal)
Endereço: Praça IV Centenário, s/n°, Centro – Santo André
Entrada: gratuita
Classificação: livre