ABCD dá 51,97% a Lula, mas equilíbrio exige cautela

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Haddad e Lula na Marechal Deodoro. Fotos: Ricardo Stuckert

Joaquim Alessi

Analisados voto a voto deste domingo (30.10), em que Lula conquistou o terceiro mandato de presidente da República, vê-se, em primeiro lugar, que o líder metalúrgico mantém a preferência no ABCD.

Foram, acima de tudo, 51,97% nas sete cidades, onde 843.120 eleitores apertaram o 13 na urna eletrônica.

Mas, o ainda presidente Jair Bolsonaro somou expressivos 779.197, ou 48,02%, o que deve ser levado muito em conta nas observações.

Portanto, o equilíbrio em nível nacional repete-se praticamente aqui, entre os abecedeanos (se é que se pode usar esse termo).

Mais do que isso: os 843.120 votantes em Lula não são nem de perto 843 mil petistas. Muito pelo contrário.

Há nesse total, por exemplo, muita gente (e bota gente nisso) que não morre de amores por Lula, mas rejeita muito mais Bolsonaro e sua política.

Além disso, o fato de 779 mil pessoas apertarem o 22 acende o sinal amarelo (sem trocadilho), e merece cuidadosa reflexão.

Placar de 4 a 3 nas cidades

Por cidades, o mesmo equilíbrio remete, portanto, à necessidade de ponderação e cautela nas próximas ações.

O placar de 4 a 3 leva a uma prorrogação onde deve preponderar o máximo cauidado.

Bolsonaro venceu em Santo André, por exemplo, por 225.767 (52,13%) a 207.330 (47,87%).

Mas Lula derrotou-o na sua São Bernardo do Campo por 262.223 (53,83%) a 224;929 (46,17%).

São Caetano do Sul, com seu conservadorismo histórico, prometia muito mais a Bolsonaro. Mas, ainda assim, deu 60,07% (68.152) a ele, e 39,93% (45.297) ao petista.

Em se tratando da joia rara do triângulo (como canta o Hino sulsancaetanense), Lula pode até comemorar, mas há nesse montante muitos votos não petistas.

“Nossa, ouço rojões aqui em São Caetano!”, indignava-se uma moradora na noite de domingo, certa de que não havia motivos para se comemorar na cidade.

Da mesma forma em Diadema, a soma de 154.387 (60,02%) a Lula pode ser entendida como menor do que se esperava.

Bolsonaro, para surpresa de muitos petistas, conquistou 102.841 sufrágios (39,98%), número alarmante para a cidade berço das gestões petistas desde 1982 com Gilson Menezes.

Ribeirão Pires, onde até governantes do PL esperavam vitória de Lula, deu o contrário: Bolsonaro com 34.652 (51,32%) e Lula com 32.866 (48,68%).

Para concluir, quando o jogo estava em 3 a 3, Rio Grande da Serra desempatou em favor de Lula: foram 14.559 votos (55,55%) a 11.684 (44,45%).

 

 

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