Clara Laface explica, em primeiro lugar, como a imagem estratégica pode proteger carreiras diante da automação
A crescente adoção de inteligência artificial em processos corporativos tem provocado, acima de tudo, cortes significativos no mercado de trabalho. Casos como o recente comunicado oficial assinado por Beth Galetti, vice-presidente sênior de Experiência de Pessoas e Tecnologia da Amazon, anunciando a demissão de 14 mil funcionários em prol de um investimento ainda maior em IA’s, mostram que o impacto já é realidade.
Para a especialista em imagem pessoal e corporativa Clara Laface, esse movimento expõe uma fragilidade comum entre os profissionais: a falta de posicionamento estratégico.
“O principal erro é acreditar que competência técnica é suficiente. Muitos se apoiam apenas no cargo ou na entrega operacional. Isso os torna facilmente substituíveis. Quem não comunica valor e não atualiza o próprio repertório, fica invisível”, destaca, em resumo, Clara.
Imagem
Ela explica, além disso, que, em um mercado cada vez mais tecnológico, a imagem pessoal e profissional se torna um ativo estratégico.
“A imagem é o que faz um profissional ser lembrado, confiado e procurado. Quando há coerência entre presença, discurso e entrega, a pessoa se diferencia. O que sustenta relevância é a capacidade de inspirar confiança e criar conexões genuínas — algo que nenhuma máquina substitui”, afirma, em suma.
Clara também aponta, da mesma forma, que as habilidades humanas ganham protagonismo em meio à automação.
“Escuta ativa, empatia, pensamento crítico, generosidade, criatividade e adaptabilidade são as competências que mais pesam. Elas traduzem humanidade e discernimento — dois aspectos que a IA ainda não replica. Saber se comunicar e construir relações é hoje um diferencial competitivo.”
Para ela, gestão de imagem é gestão de percepção. E é justamente esse alinhamento entre discurso, comportamento e presença que torna o profissional mais preparado para o futuro.
“Não se trata de autopromoção, mas de clareza sobre quem se é, o que se entrega e por que isso importa. Profissionais que constroem essa consistência são vistos como preparados para evoluir, e não como ameaçados pelas transformações”, reforça.
Mas, apesar do temor crescente, Clara acredita que a IA possa — e deva — ser uma aliada.
“A inteligência artificial amplia produtividade quando usada como ferramenta, não como muleta. O risco não está na tecnologia, e sim em quem abre mão de pensar por conta própria. Quem tem identidade e repertório usa a IA a seu favor.”
Sobre Clara Laface
Clara Laface é fundadora da Clara Laface Imagem Pessoal & Corporativa, consultoria especializada na gestão estratégica da imagem de profissionais, líderes, equipes e organizações. Atua, por exemplo, na intersecção entre aparência, comunicação, comportamento e marca pessoal, com foco em construir posicionamentos legítimos e consistentes.
A consultoria segue o modelo butique, caracterizado por atendimentos personalizados, metodologias próprias e projetos desenvolvidos sob medida, alinhados à identidade e aos objetivos de cada cliente.
Sua formação inclui, em conclusão, certificações nacionais e internacionais, além de uma trajetória consolidada em marketing, liderança e governança. Foi Vice-Presidente de Marketing da AICI Brasil (2022–2024) e reconhecida como Membro do Ano em 2024, em reconhecimento à sua contribuição para o fortalecimento e a valorização do mercado de imagem no Brasil.
