Joaquim Alessi
Quem ficou até o fim saiu do Paço com a certeza da frase clássica: “O show tem de continuar!”
E olha que, pela qualidade da apresentação, o palco de Festa Italiana de Ribeirão Pires nem estava um “fundo de quintal”. Era área de honra.
Acompanhada por três músicos espetaculares (guitarrista Paul Ricci, baixista Felipe Alves e baterista Fabio Alves), Mafalda Minnozzi cantou exatamente como já o fez nos aclamados festivais de jazz da Itália, em casas noturnas de Nova York, no Museu MET, em turnês pelo Brasil, ou Alemanha, Portugal, Bahrein, Peru, Paraguai, Denver, Los Angeles… e a lista é interminável.
Em todos esses locais, o seleto público pagou caro para vê-la. Em Ribeirão, o prefeito, Guto Volpi, proporcionou tudo isso, e muito mais, gratuitamente.
Se perguntamos a ela, na coletiva, sobre a possibilidade de Ribeirão Pires vir a tornar-se uma “Little Italy”, ou uma “Piccola Italia”, como se vê em New York, depois do showzaço concluímos que a Estância tem tudo, sim, para virar uma Big Italy, uma Grande Itália.
Ah, impossível deixar de destacar o trabalho de apoio e bastidor do marido de Mafalda. Marco Bisconti de outro show ao lado do palco. Lindo de ver.
Manifesto ao final
Falar da qualidade musical, da voz, da teatralidade, da “show woman” que é Mafalda Minnozzi é, em resumo, chover no molhado.
Cantando onde o povo estava, sem se importar se havia milhares de pessoas ou não, ela respeitou, acima de tudo, cada fã e cada presente.
Respeitosamente, em primeiro lugar, cantou cada “canzone” italiana como se tivesse pela frente um corpo de jurados dos mais exigentes.
Ao final, fez a capela de Bella Ciao traduzindo, explicando, por exemplo, cada verso, e ressaltando a necessidade de se respeitar esse “hino da resistência”.
“Cada homem tem direito a uma cova, porque somente assim o homem vai ficar livre para sempre de qualquer violência, de qualquer fascismo,de qualquer ditadura”, declarou, sendo muito aplaudida.
E, além disso, interpretou divinamente “O que será”, de Chico Buarque de Holanda.
Se faltava algo, portanto, para coroar a Festa Italiana de Ribeirão Pires, a Embaixadora da Música Italiana no Brasil completou.
Foram 23 mil visitantes
Nesta segunda-feira (27.10) saiu o balanço da 3ª Edição da Festa Italiana Solidária de Ribeirão Pires.
Foram aproximadamente 23 mil visitantes em público rotativo, o que fortaleceu a arrecadação de 17 entidades sociais participantes.
Neste ano, a Prefeitura de Ribeirão Pires adotou a mudança no formato da festa.
Nos dois primeiros anos, a comemoração foi realizada na tenda multicultural do Complexo Ayrton Senna.
Seguindo os moldes de sucesso do Festival do Chocolate realizado em agosto, a gestão do prefeito Guto Volpi levou a festa para o centro da cidade, no Paço Municipal e com a participação de 12 comércios locais.
“Fico feliz que, pelo terceiro ano consecutivo, a Festa Italiana tenha sido abraçada por todos em Ribeirão Pires. É uma festa solidária e neste ano, em novo formato, mostramos um estilo que já provamos que pode dar certo. É uma forma de movimentar o centro da cidade, incentivando ações que tragam cultura, lazer e desenvolvimento econômico para a cidade”, disse, em resumo, o prefeito, Guto Volpi.
Mais de 50 opções gastronômicas
A celebração da cultura italiana contou com mais de 50 opções gastronômicas, que movimentaram o público durante todos os dias do evento. Em algumas ocasiões, as barracas chegaram a esgotar seus produtos, como foi o caso barraca da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, que trouxe à Festa Italiana macarronada.
“Esse segundo final de semana foi maravilhoso, mas semana passada vendemos muito e acabou nosso macarrão. O novo local também chama mais público e pra gente isso foi fantástico. Temos algumas melhorias que serão feitas na nossa Paróquia e o essa arrecadação vai toda para dentro dela”, disse o Rogério Canevari, que faz parte da coordenação de festa da Paróquia Nossa Senhora de Fátima.
Inclusão
O encerramento também deu espaço para a inclusão. A Companhia de Dança Inclusiva Arte Para Todos realizou apresentação temática. “Estamos completando um ano de trabalho e essas ações valorizam a diversidade, superação e autonomia”, disse, em resumo,Ariane Dias, cuidadora e professora na companhia.
Calendário de eventos
O calendário anual de eventos segue, da mesma forma, nos próximos meses.
Pela primeira vez, por exemplo, Ribeirão Pires recebe o ‘Comida de Rua – Custom Red Neck’, em 16 de novembro.
Será na Avenida Fortuna, mantendo a linha de valorização ao comércio local.
Em dezembro, em conclusão, o tradicional ‘Natal Mágico’ encerra o calendário de 2025.
