Workshop gratuito marcou, acima de tudo, o primeiro passo de outras ações que serão realizadas neste ano
A Acisbec (Associação Comercial e Industrial de São Bernardo do Campo) deu início nesta quinta-feira (14.08), em primeiro lugar, a um trabalho de conscientização e orientação sobre a importância da Norma Regulamentadora nº 1 (NR1).
O movimento começou, acima de tudo, com um workshop gratuito na sede da entidade.
O mesmo esteve voltado, por exemplo, a empresários e gestores de pequenas empresas, e será intensificado nos próximos meses.
Além disso, o workshop marcou o início de uma série de encontros e atividades que a Acisbec promoverá para orientar o setor empresarial da região.
Sempre com o objetivo de que todos estejam prontos e adequados antes do prazo final.
Riscos ocupacionais
Segundo o presidente da Acisbec, Valter Moura Júnior, é fundamental que as empresas estejam atentas às exigências da NR1, que trata das disposições gerais e gerenciamento de riscos ocupacionais, especialmente em relação à saúde mental dos colaboradores.
“A partir de 2026, a fiscalização será acompanhada de multas para quem não estiver adequado. Esse é o momento de agir preventivamente e evitar prejuízos”, reforçou o presidente.
O evento desta manhã contou com as palestrantes Maria Cristina Zapparolli, psicanalista e especialista em desenvolvimento humano, e Sandra do Nascimento, consultora e especialista na NR1. Ambas destacaram que, mesmo antes da obrigatoriedade de autuação, a adequação já pode ser feita de forma planejada e com baixo investimento, inclusive por empresas que não possuem departamento de Recursos Humanos.
“Hoje nós estamos trazendo um olhar técnico e humano para essa regulamentação. É uma lei que vai obrigar as empresas, a partir de 2026, a cuidar da saúde mental dos colaboradores. Mais do que obrigação, é uma responsabilidade social. Temos hoje 86% dos brasileiros com algum problema de saúde mental — um índice alarmante”, alertou Maria Cristina.
Sandra do Nascimento reforçou que a legislação atinge todos os negócios com funcionários registrados pela CLT, mesmo que a empresa tenha apenas um único funcionário.
“O Ministério do Trabalho já tem as informações por meio do eSocial. Mesmo sem fiscais em quantidade suficiente, a autuação é possível. Por isso, é essencial ter um plano de ação próprio e adequado à realidade de cada empresa, não um modelo copiado”, explicou.
