As obras da 1ª Fábrica de Cultura de São Bernardo seguem avançando em ritmo acelerado, mantendo cronograma de entrega para março de 2020. Após superar os últimos ajustes na parte estrutural, a obra atualmente se encontra na etapa de execução do estacionamento, de serviços de revestimento e pintura, instalação do ar-condicionado, de toda a parte elétrica e hidráulica, além da impermeabilização e revisão do projeto de prevenção a incêndios, exigido pelo Corpo de Bombeiros.
A expectativa é que todo o prédio – deixado com 60% de sua estrutura concluída – seja finalizado na segunda quinzena de março, com início das atividades da Fábrica de Cultura ainda no primeiro semestre do ano. O prédio será gerido pelo Estado, que lançará chamamento público para contratação da Organização Social responsável pela execução dos projetos culturais.
O modelo, já presente em outras cidades do Estado, possibilita o acesso gratuito a atividades de Cultura e de Economia Criativa, principalmente, para o público jovem. O programa é desenvolvido desde 2011, oferecendo formação artística nas mais diversas áreas e linguagens, como teatro, dança, música, circo, biblioteca e multimeios.
“Agora falta pouco para termos um espaço totalmente voltado à Cultura e integração da comunidade. Estamos em boas tratativas com o governo do Estado para colocar este espaço em funcionamento até junho de 2020. Lembrando que aqui era para ser o ‘museu da corrupção’, razão pela qual o ex-prefeito da cidade virou réu. Agora, será a nova Fábrica de Cultura”, destacou o prefeito Orlando Morando. A inspeção às obras também foi acompanhada pelos secretários Luciano Eber (Obras e Planejamento Estratégico) e Adalberto Guazzelii (Cultura e Juventude).
As intervenções de complementação do empreendimento de 5.428 metros quadrados estão sendo executadas pela empresa Harus Construções Ltda., vencedora do processo da licitação, com investimentos de R$ 4,5 milhões. O projeto será entregue com funcionalidades que irão permitir sua adaptação para Fábrica de Cultura, com espaços multifuncionais, estruturas de sanitários e refeitório, além de área para lanchonete, com ambientes climatizados.
ESCÂNDALOS – Instalado na região central do município, nas proximidades do Paço Municipal, o prédio havia sido inicialmente projetado pela gestão do ex-prefeito Luiz Marinho (PT) para a construção do Museu do Trabalho, alvo de escândalos de corrupção e que culminou em embargo da Justiça Federal, em dezembro de 2016, por meio da Operação Hefesta. Na ocasião, secretários da administração petista foram presos e outros envolvidos indiciados. O ex-prefeito Luiz Marinho se tornou réu na ação. A Justiça Federal estima que R$ 7,9 milhões foram desviados da obra, que tinha um orçamento de R$ 18,8 milhões.