Os cães e o caos com os fogos de artifício: imbecilidade humana

In ABCD, Canto do Joca On
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Joaquim Alessi

Muitos idiotas insistem em soltar fogos de artifício, acima de tudo nesta época do ano. São os imbecis humanos a levar o caos aos cães, aos pets de forma geral

Por isso, uma veterinária do CEUB dá dicas para proteger cães e gatos no Réveillon, e outros momentos, como jogos de futebol etc. e tal.

As festas de fim de ano trazem alegria, mas também representam um desafio para muitos tutores de animais. Os fogos de artifício, tão comuns nessas celebrações, podem causar sérios problemas de saúde para cães, gatos e até mesmo animais silvestres. Professora de Medicina Veterinária do CEUB, Fabiana Volkweis, destaca os perigos que os fogos representam para os pets e sugere alternativas para comemorar a virada do ano de forma responsável.

Embora humanos e cães possuam estruturas auditivas semelhantes, suas funções são diferentes. Fabiana explica que um cão adulto consegue ouvir frequências de até 45.000 Hz, quase o dobro da capacidade humana, o que os torna extremamente sensíveis a sons. Essa alta sensibilidade explica as reações intensas às explosões de fogos. “Nossa audição é voltada à comunicação, enquanto a dos cães é adaptada para proteção e caça”, destaca.

Segundo a médica veterinária, os estampidos dos fogos têm impactos profundos nos animais. O medo e o estresse ativam o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, liberando hormônios como o cortisol e a adrenalina. “Esses processos podem causar aumento da frequência cardíaca, tremores, salivação excessiva e comportamento de fuga. Em casos graves, animais com problemas cardíacos podem sofrer paradas cardiorrespiratórias.”

Fabiana destaca que os sinais de estresse em pets incluem tremores, taquicardia, salivação, comportamento de fuga e busca por esconderijos. Alguns animais podem correr incessantemente ou até mesmo convulsionar.

Como proteger os animais

Fabiana orienta que os tutores criem um ambiente seguro e tranquilo para os pets. “Mantenha o animal em um local silencioso, com música ambiente ou barulho branco para abafar os sons externos. Nunca deixe o pet preso, pois ele pode se enforcar ao tentar fugir. Além disso, certifique-se de que ele esteja identificado com placas ou microchips, para facilitar a localização em caso de fuga.”

Recursos como calmantes naturais, feromônios e roupas compressivas podem ajudar a amenizar os sintomas de estresse. No entanto, a professora alerta que a eficácia varia de animal para animal. Em casos mais graves, pode ser necessário o uso de medicamentos, mas sempre com orientação veterinária. Para pets com condições específicas, como cardiopatias ou epilepsia, é essencial manter a medicação em dia e oferecer um ambiente ainda mais controlado.

Além dos animais, idosos, bebês e pessoas no espectro autista também podem ser afetados pelo barulho excessivo. “A adoção de fogos silenciosos é um ato de empatia e responsabilidade, permitindo que todos, humanos e animais, celebrem as festas com saúde e bem-estar”, conclui Fabiana Volkweis.

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