Confira sugestões de pauta baseadas no relatório “Onde Investir em 2025: seu guia de investimentos”
A agenda ESG continua a ganhar relevância global e promete ser um dos pilares da tomada de decisão dos investidores em 2025. Segundo Marcella Ungaretti, Head de Research ESG da XP, temas como a transição energética, a expansão da inteligência artificial e o papel do Brasil como anfitrião da COP30 apontam para novas oportunidades e desafios no mercado. “2025 será um ano-chave para ações climáticas e fortalecimento da governança corporativa, com o Brasil desempenhando um papel de destaque no cenário global”, afirma Marcella Ungaretti, Head de Research ESG da XP, que no relatório “Onde Investir em 2025”, produzido pela instituição financeira, elencou tendências que moldarão o futuro do investimento responsável.
“Com temas como ransição energética, inteligência artificial e governança em evidência, surgirão oportunidades para investidores alinhados com a agenda ESG. O Brasil, em especial, terá um papel central, tanto como líder regional quanto como anfitrião da COP30, catalisando discussões globais sobre descarbonização e sustentabilidade”, destaca a head de Research ESG.
Conteúdo Proposto:
Aceleração da transição energética:
- Investimentos globais em energia limpa já superam os destinados a combustíveis fósseis.
- Ações voltadas à eficiência energética, armazenamento e infraestrutura devem crescer, com o Brasil ocupando uma posição de destaque na descarbonização.
- Contexto: Emissões globais de CO2 continuam a crescer, tornando a transição urgente.
Impacto ambiental da inteligência artificial:
- Expansão da IA e dos data centers aumenta significativamente a demanda por energia.
- Empresas líderes em tecnologia buscam fontes limpas para abastecimento, e o Brasil está bem-posicionado para se tornar um fornecedor estratégico.
- Riscos e oportunidades: Equilíbrio entre o impacto ambiental da IA e seu potencial para mitigar mudanças climáticas.
Governança como fator essencial para acionistas:
- No Brasil, a governança corporativa começa a ganhar mais relevância, com impulso de iniciativas globais e mudanças regulatórias.
- Fortalecimento do ativismo acionário e maior engajamento coletivo devem moldar o cenário de investimentos em 2025.
- Importância: Empresas com governança sólida tendem a ter melhor desempenho financeiro.
Metade de uma década decisiva para a ação climática:
- 2025 marca o ponto médio para o cumprimento de metas climáticas estabelecidas para 2030.
- Desafios: Converter compromissos climáticos em ações concretas.
- Expectativas: Investidores buscarão responsabilizar empresas pelos compromissos assumidos, aumentando a pressão por transparência e resultados.
Preparativos para a COP30 no Brasil:
- O Brasil, como anfitrião da COP30, tem uma oportunidade única de liderar discussões globais sobre desmatamento, biodiversidade e capital natural.
- Diplomacia e liderança regional posicionam o país como um ator-chave para compromissos climáticos mais ambiciosos.
- Impacto: Potencial de atrair investimentos internacionais em iniciativas ESG.
Transição energética e liderança global:
“Estamos observando investimentos em energia limpa finalmente superando os destinados a combustíveis fósseis. Este é um marco significativo, liderado pela China, e que posiciona a transição energética como uma prioridade global. Para 2025, esperamos que esse movimento ganhe ainda mais força, com o Brasil desempenhando um papel crucial na busca por uma economia de baixo carbono.”
Impacto da inteligência artificial na demanda por energia:
“A expansão da inteligência artificial, especialmente através dos data centers, está aumentando significativamente o consumo de energia. Empresas globais já estão buscando soluções com fontes limpas, e o Brasil, com seu potencial energético, se posiciona como um destino estratégico para atender a essa demanda crescente.”
Ação climática no meio da década decisiva:
“Estamos chegando a 2025, um ano que marca a metade de uma década fundamental para ações climáticas. Com muitas empresas assumindo compromissos ambiciosos para 2030, vemos um aumento na pressão dos investidores para que essas metas sejam transformadas em ações concretas. Empresas estão sendo cada vez mais cobradas por transparência e responsabilidade em suas trajetórias de descarbonização.”
Importância crescente da governança corporativa:
“Em um cenário macroeconômico desafiador, a governança corporativa está se consolidando como um fator decisivo na escolha de investimentos. A demanda por empresas com práticas sólidas de governança está crescendo, como reflete o aumento expressivo de signatários do PRI, indicando uma forte movimentação de capital em direção a empresas com alta qualidade em seus processos de gestão.
Brasil na COP30 e liderança climática:
“Com o Brasil sediando a COP30, temos uma oportunidade única de liderar discussões globais sobre desmatamento, biodiversidade e capital natural. Essa posição estratégica reforça nosso papel como potência diplomática e pode destravar compromissos mais ambiciosos em relação à sustentabilidade, alinhados ao perfil único das emissões brasileiras, majoritariamente associadas ao uso da terra e à agricultura.”