Deu pane no ventilador, para evitar a frase mais popular. Como cantaria Chico Buarque, a última ficha caiu.
A Ford cansou de montar no País, e, como já fizera no Taboão de São Bernardo, deu seu bye bye, Brasil cortando as plantas de Camaçari (BA), Taubaté (SP) e da Troller (Horizonte, CE).
Só em Taubaté serão 830 demissões, diz o Sindicato dos Metalúrgicos. Haverá assembleia no fim da tarde desta segunda (11.01).
Acima de tudo, destaca em comunicado oficial que a decisão acontece “à medida em que a pandemia de Covid-19 amplia a persistente capacidade ociosa da indústria e a redução das vendas, resultando em anos de perdas significativas”.
Cabe destacar, em primeiro lugar, que a Ford pisa no freio e engata a ré porque o governo não acelera o processo das vacinas.
Além disso, mostra-se muito menos disposto a avançar no reconhecimento de que vivemos uma pandemia, e necessitamos de medidas sérias e urgentes.
A montadora manterá no Brasil apenas a sede administrativa da América do Sul, o Centro de Desenvolvimento de Produto e o Campo de Provas de Tatuí, no Interior paulista.
A Ford produzia Ecosport, Ka e Ka Sedan em Camaçari, onde o Bronco foi flagrado há pouco tempo. Já em Horizonte, a Troller fazia o jipão T4.
A fábrica de Taubaté respondia pela produção de motores e transmissões, como o propulsor 1.5 Ti-VCT Flex de três cilindros e o câmbio manual MX65.
Eles equipam o Ecosport te o Ka Freestyle, respectivamente.
Em fevereiro de 2019, após o anúncio do fechamento da fábrica de São Bernardo, começaram, portanto, os rumores de que a marca sairia do Brasil.