Mauá revisa Plano Municipal de Redução de Riscos

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Fotos: Evandro Oliveira/PMM

O trabalho envolve, acima de tudo, a Prefeitura, a UFABC e o Ministério das Cidades

O reitor da Universidade Federal do ABC (UFABC), Dácio Roberto Matheus, e o secretário Nacional de Periferias, ligada ao Ministério das Cidades, Guilherme Simões, acompanhados de suas delegações, foram recebidos pelo prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira e equipe de técnicos das secretarias de Obras, Habitação e Defesa Civil, na manhã de sexta-feira (19.04), para assinarem acordo de adesão entre as três instituições.

O documento prevê, em primeiro lugar, a revisão do Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR).

Isso, considerando aspectos de mapeamento, análise de riscos, inovação, entre outros, de forma também a responder aos desafios climáticos e científicos.

“Mauá é uma das cidades do ABC com mais obras em andamento porque foi necessário ir de porta em porta para pedir estes recursos. E a nossa população precisa dessa transformação, precisamos pensar em promover a qualidade de vida e segurança para a população”, disse, em resumo, o prefeito.

Recursos do PAC

Os técnicos circularam em caravana, por exemplo, por áreas de risco contempladas com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

“É preciso parabenizar o Ministério pela engenharia do projeto, porque é uma obrigação o poder público usar bem os recursos, mas a forma como estão desenvolvendo este projeto demonstra o quanto estão comprometidos com a conservação da vida”, disse, da mesma forma, o reitor.

O secretário Guilherme Simões afirmou que “a emergência climática é global, mas o Brasil é um país muito desigual e precisamos dar ênfase à agenda da prevenção com o objetivo de evitar a perda de patrimônios e, principalmente, de vidas.”

A caravana passou inicialmente pela obra retomada em abril e encerrada em agosto de 2023, no Jardim Oratório, com recursos obtidos no PAC Encostas, de 2012. Trata-se de obras em encosta na rua Itaparica, que em todo o trecho executado somou investimentos de quase R$26 milhões.

No final da manhã, as delegações vistoriaram as obras em andamento às margens do rio Tamanduateí na altura da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Magini, que receberam recursos do PAC Encostas.

O local, além de desafogar o trânsito na avenida Antonia Rosa Fioravanti, tem previsto um acesso alternativo para a referida UPA.

Macuco, no Zaíra

À tarde, a visita teve o foco voltado para as questões das áreas de risco na região do Macuco, no Jardim Zaíra.

Integrantes da delegação, formada por pesquisadores e técnicos da Secretaria Nacional das Periferias e da UFABC, puderam acompanhar as equipes de Defesa Civil de Mauá numa conversa com moradores do bairro e integrantes do Núcleo de Proteção e Defesa Civil, que tem em voluntários moradores do local pessoas aptas a dar suporte em situação de risco geológico.

Para Adão Marinho, que há 33 anos mora no Alto da Boa Vista, também na região, é uma esperança saber que existe a preocupação em resolver alguns dos problemas crônicos encontrados

“Achei a apresentação dos trabalhos deles muito interessante. A minha rua era só um buraco e a minha casa chegou a ficar pendurada. Dá muito medo, sim!”, explica Marinho.

A caravana seguiu em visita à rua Lourival Portal.

Foi a primeira empreitada do levantamento e elaboração a ser realizados para revisar o Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR).

Esta rua também foi sugerida pela moradora Terezinha Alves dos Santos, que vive ali há 18 anos.

A rua fica num vale em que já foram registrados deslizamentos de terra.

Terezinha teve o compromisso do professor Christian Ricardo da UFABC de que será o primeiro local a ter a atenção dos pesquisadores.

A Prefeitura de Mauá já apresentou, da mesma forma, diversos projetos pleiteando mais recursos à União para obras preventivas no local.

Segundo o coordenador geral da SNP, Leonardo Varallo, a atualização do mapeamento das áreas de risco será realizada,em conclusão, em 20 cidades.

Entre elas, Niterói e Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, Colombo e Paranaguá, no Paraná, e Itaquaquecetuba, em São Paulo, entre outras.

Sempre com o apoio de equipes de universidades federais.

 

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