Iniciativa aborda, acima de tudo, assuntos de forma lúdica com fantoche, personagens, gincana e almanaque
Andrezinho, Umbertinho, Gilda, Seu Utinga, Camilópolis, Seu Pedroso, Dona Luzita, Humaitá, Piacaba e Teresinha.
Os nomes familiares, que fazem referência a bairros de Santo André, também batizam, da mesma forma, personagens do projeto ‘Andrezinho e a Turma da Defesa Civil’.
A iniciativa leva, em primeiro lugar, informações sobre prevenção de riscos e desastres de maneira lúdica para crianças.
Em 2023, por exemplo, a ação alcançou 7 mil estudantes do 3º e 4º ano do ensino fundamental (alunos entre 8 e 10 anos) da rede municipal de ensino.
Com visitas diárias entre junho e outubro a aproximadamente 40 escolas, a equipe do departamento de Proteção e Defesa Civil – integrante da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Urbanos – promoveu uma imersão na qual são passadas orientações às crianças de forma leve e divertida.
Tudo começa com uma apresentação na qual todo o assunto é contextualizado a partir de exemplos do dia a dia e que envolvem descarte correto de resíduos, reciclagem, queimadas e outros.
A atividade conta inclusive com um fantoche do Andrezinho, um menino de 8 anos, esperto e curioso que está aprendendo lições sobre como prevenir riscos e desastres.
Almanaque
Além disso, os personagens com nomes alusivos a bairros andreenses compõem um almanaque informativo distribuído àqueles que participam da ação, que promove ainda uma gincana para testar os conhecimentos.
“É uma ação educacional preventiva. Estamos vivendo hoje tempos de mudança climática, então é importante que a gente leve essa cultura da percepção de risco e desastre para crianças, para que desde cedo comecem a entender e verificar onde há riscos, aprender sobre desastres, para que cresçam pessoas conscientes e que tenham autoproteção, que é: quando tenho conhecimento mínimo consigo me salvar, me proteger e proteger minha família e a comunidade, então isso é muito importante para a Defesa Civil”, explica a diretora do departamento de Proteção e Defesa Civil de Santo André, Priscila de Oliveira.
“Buscamos desempenhar de maneira lúdica, com desenhos, fantoches. É o simples que funciona. Criamos personagens com nomes de bairros de Santo André para as crianças se sentirem pertencentes. E todos fazem parte da Defesa Civil. Porque a Defesa Civil não somos nós de colete laranja, quando falamos de enfrentamento de desastres todos somos Defesa Civil, todos temos propósito”, continua Priscila de Oliveira.
Um dos idealizadores da turma do Andrezinho e que inclusive dá vida ao fantoche é, por exemplo, o agente da Defesa Civil Jair Donizete Carneiro.
Carismático e artístico, consegue rapidamente prender a atenção da criançada. E o mais importante: fazer com que os pequenos absorvam e consigam replicar o conteúdo.
“O objetivo é que a criança leve a mensagem para dentro de casa com o Andrezinho e também com o almanaque. O lado preventivo que trabalhamos é de suma importância. Essas crianças são os futuros adultos e amanhã serão mais resilientes. Caso se deparem com alguma situação difícil, saber o que fazer”, diz Jair Donizete Carneiro.
Engajamento
O resultado de todas essas ações é o engajamento das crianças, que não só se divertem como de fato adquirem conhecimento. “Aprendi muitas coisas que não sabia e acho muito importante essa iniciativa para a gente saber um pouco mais sobre o que pode ajudar e para a gente poder crescer sabendo o quanto é importante esse assunto”, disse Rafaelle Nunes Queiroz, 10 anos, estudante da Emeief (Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental) Madre Teresa de Calcutá.
“Não pode jogar lixo na rua, brincar com fogo, deixar criança sozinha no banheiro. É perigoso. Vou contar (para minha mãe) tudo o que aprendi. Gostei de todos os personagens. São criativos, com nomes dos bairros de onde a gente mora”, exalta, em resumo, Davi Henrique Santos da Silva, 10, estudante da mesma unidade escolar.
Somadas às 8 mil crianças que assistiram ao projeto em 2022, já são, portanto, 15 mil jovens moradores de Santo André diretamente alcançados.
Todos recebem orientações com condições de replicar o conteúdo em casa, para suas famílias.
Aprovado
Professor da Emeief Madre Teresa de Calcutá, Eduardo José da Silva Filho, de 50 anos, elogiou a maneira como a ação é empenhada.
“Muito bacana o formato que é realizado, a dinâmica de forma lúdica. É muito boa essa iniciativa para conscientizar os futuros cidadãos, é de grande importância preparar desde a educação infantil para evitar acidentes e a poluição exagerada, cuidar da natureza, é muito bom preparar o futuro do nosso planeta através das crianças. A maioria absorveu e irá levar adiante para suas casas. Dessa forma vai se plantando uma sementinha para colher lá no futuro”, enaltece, em conclusão.