Cidade é a primeira do ABCD a contar com o colegiado, que vai atuar na salvaguarda dos direitos humanos; evento contou com a presença do ex-ministro dos Direitos Humanos Paulo Vannuchi e do ex-secretário nacional de Direitos das Crianças e dos Adolescentes Ariel de Castro Alves
A Prefeitura de Diadema deu posse, na noite desta terça-feira (08.08), à primeira formação do Conselho Municipal de Direitos Humanos (CMDH) da cidade.
O evento, na Câmara Municipal de Diadema, teve, em primeiro lugar, a presença do prefeito José de Filippi Junior, da presidente do Fundo Social de Solidariedade, Inês Maria, da maior parte dos 72 conselheiros entre titulares e suplentes, de secretários municipais, vereadores e a participação do ex-ministro dos Direitos Humanos Paulo Vannuchi e do advogado e ex-secretário nacional de Direitos das Crianças e Adolescentes, Ariel de Castro Alves.
Para uma plateia de cerca de 100 pessoas, Filippi recebeu, acima de tudo, uma homenagem do Conselho recém-empossado.
Foi a apresentação de um vídeo produzido pela Associação Heinrich Plagge, que reúne os ex-empregados da Volkswagen, vitimados pela perseguição política na empresa entre 1964 e 1985.
O vídeo foi gravado na ocasião da entrega da medalha Lúcio Bellentani ao prefeito José de Filippi, pelos serviços prestados em defesa da democracia e dos direitos humanos, em evento realizado em maio de 2023.
Emoção
O prefeito Filippi se emocionou com a homenagem e destacou que a criação do Conselho Municipal dos Direitos Humanos de Diadema, formalizado pela Lei 4223/2022, de autoria do Executivo Municipal e por indicação do vereador Josa Queiroz (PT), faz parte dos esforços da administração municipal pela construção de uma sociedade mais justa.
“Assumimos o governo em um período de recrudescimento da pandemia de Covid-19. Em março de 2021, Diadema teve o mesmo número de mortes e nascimentos, uma situação totalmente fora do normal”, relembrou.
Filippi citou que a defesa dos direitos humanos é a defesa da vida, relembrou os esforços que a administração empenhou para ampliar o número de leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) para atender os pacientes contaminados por Covid-19, e outras ações que foram tomadas posteriormente.
“O Ambulatório DiaTrans, que oferece atendimento multidisciplinar para pessoas trans e travestis, o programa Diadema de Dandara e Piatã, que ensina história e cultura afro-brasileira e indígena nas escolas fundamentais, tudo isso colabora para uma sociedade melhor”, destacou.
A primeira formação do CMDH de Diadema tem como presidenta a mestre em Serviço Social e representante da Câmara Municipal, Sol Massari.
“O CMDH de Diadema está em construção na cidade, não nasceu pronto e acabado, nasceu para ser revisitado e reconstruído, se não for assim, não visa garantir direitos”, declarou a presidenta.
Desejo maior
Ariel de Castro Alves lembrou, acima de tudo, que o maior desejo dos defensores desta causa é que a atuação deles não seja mais necessária.
“Queremos, todos, poder nos dedicar a outras coisas, às nossas famílias, nossos estudos, mas enquanto habitação, saúde, educação, cultura e dignidade não forem direitos de todos, forem apenas para quem puder pagar, nós iremos trabalhar na defesa dos direitos humanos”, afirmou.
O ex-ministro dos Direitos Humanos Paulo Vanucchi, que ocupou o cargo de 2005 a 2010, destacou que todas as transformações positivas da sociedade foram conquistas de quem luta pelos direitos humanos.
“Quem assume hoje esse conselho representa a continuidade da luta de Zumbi dos Palmares, de Olga Benário, de Tiradentes. Esse momento é um convite para que a gente assuma essa luta com convicção absoluta da vitória”, disse, em conclusão.
As reuniões do Conselho Municipal de Direitos Humanos de Diadema serão realizadas em todas as primeiras terças-feiras do mês, às 14h30.
Acontecem no Centro de Formação Carlos Kopcak, na Rua Manoel da Nóbrega, 155, no Centro.
Leia mais sobre o CMDH, portanto, em https://portal.diadema.sp.gov.br/governo-conselhomunicipaldireitoshumanos/