Santo André avança em obras de modernização da Unidade de Saúde São Jorge

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Equipamento está recebendo intervenções para funcionar no padrão Qualisaúde; atendimento será transferido momentaneamente para o CEU Marek a partir de segunda

Moradores do bairro Cidade São Jorge e arredores, em Santo André, vão ganhar nos próximos meses uma unidade de saúde totalmente modernizada. A Unidade de Saúde São Jorge, localizada na Avenida São Paulo, está passando por obras para se adequar ao padrão Qualisaúde e passou por vistoria nesta terça-feira (1º).

Estiveram presentes na vistoria o prefeito Paulo Serra, os secretários Gilvan Junior (Saúde) e Vitor Mazzeti (Infraestrutura e Serviços Urbanos), entre outras autoridades.

“Reforma importante que vai trazer padrão diferente de qualidade, que outras unidades já têm, mas que esta, que tem 20 anos, precisa receber. Necessitamos de total modernização, trazer informatização, atendimento humanizado, porque queremos chegar em 100% da rede no Qualisaúde até o fim de 2024”, destacou o prefeito Paulo Serra.

“Temos outros equipamentos passando por este processo: aqui no São Jorge e nas unidades Capuava e Vila Guiomar, por exemplo, e também o Hospital da Mulher, que está sendo modernizado. Além disso, vamos entregar ainda em agosto a modernização do nosso CHM. Isso faz parte de um programa permanente. A informatização, por exemplo, nos permite atender o diagnóstico de demanda, entendendo se precisa de alguns novos serviços. O espaço estará modernizado, melhorado e propício para essa implementação, se necessária”, explicou.

Para que esta nova fase de obras na Unidade de Saúde São Jorge entre em ação sem prejudicar os atendimentos – já que o equipamento vinha funcionando parcialmente mesmo com as intervenções –, os mesmos serão transferidos momentaneamente para a estrutura que vem sendo montada no CEU Marek.

Portanto, a partir da próxima segunda-feira (7), pacientes devem se encaminhar à Rua Engenheiro Alfred Heitzman Júnior, s/n, no Jardim Marek. Já a dispensação de remédios e o atendimento de odontologia foram remanejados para unidades próximas, como Jardim Carla e Humaitá.

“Temos aqui mais quatro meses de obra. Entramos em fase mais acelerada agora, porque vamos transferir parte do atendimento para o CEU Marek, estão finalizando lá para poder receber as moradoras e moradores”, explicou o prefeito andreense. “Esse prédio tem 20 anos da entrega e tem problema sério no telhado e com relação a cupim e outras coisas que detectamos não só pela idade do equipamento, mas pelo modelo implementado naquela época e que hoje está desatualizado. Com essa transferência do atendimento, entregamos essa obra até dezembro”, continuou.

As intervenções realizadas vão desde a troca do telhado até o piso, pintura geral, reorganização de fluxos e requalificação de espaços internos. Serão resolvidos ainda problemas hidráulicos e na caxilharia de portas e janelas, visando aumentar a comodidade e a segurança da unidade. Estão sendo investidos R$ 2,4 milhões na obra, sendo R$ 2 milhões de origem do Governo do Estado e R$ 400 mil do município, em contrapartida.

Em casa – A modernização da Unidade de Saúde São Jorge tem grande importância para os moradores dos arredores como também para os funcionários do equipamento. No entanto, tem ainda mais valor para um personagem que se encaixa nos dois cenários: o médico responsável técnico pela unidade, João Aurélio Mondoni, 26 anos, que reside nas cercanias desde que nasceu.

“Migrei de usuário para funcionário tentando melhorar o serviço que já era oferecido aqui dentro. Então ver essa reforma é essencial e fico muito feliz com isso. Estou ansioso para ver ficar show de bola. Estão falando sobre a digitalização, que é a maior mudança que vai ter, porque assim receituário não se perde, prontuário não se perde, trabalhos feitos por outros médicos não se perdem. Quando são feitos à mão têm viés de erro, rasura, perda de folha, já no digital não acontece, faz encaminhamento na hora, insere a guia na hora, vê a resposta da regulação, vê se está pendente alguma coisa, acessa o prontuário”, destacou o médico.

“Nunca saí do bairro. Me formei na Zona Leste de São Paulo, trabalhei seis meses lá, depois procurei vaga aqui para tentar usufruir do que estudei e melhorar pessoas que conviveram comigo a vida inteira. Receber a reforma é importante porque não é só o meio onde trabalho, mas também onde usufrui: vacinei aqui, passei aqui, minha família passava aqui, minha irmã fez pré-natal do meu sobrinho aqui, então faço parte dos usuários”, continuou João Mondoni, que desde que ingressou como prestador de serviços da unidade reencontrou pessoas que fizeram parte de sua infância enquanto paciente. “Funcionárias que me vacinaram hoje trabalham comigo, é engraçado ter essa memória e ver que a pessoa está até hoje na unidade, trabalhando todo dia”, finalizou.

Fotos: Helber Aggio/PSA | Vídeo: Renato Silva/PSA

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