Negociados no comércio eletrônico, bolinhas de imãs coloridos ‘terapêuticas’ podem causar acidentes graves
Após identificar relatos de acidentes graves com crianças circulando nas redes sociais, o Inmetro decidiu fazer um importante alerta a pais e responsáveis.
Ela trata sobre os perigos do neocubes, produtos vendidos no comércio eletrônico equivocadamente como brinquedo.
“O produto está fora do escopo da Portaria Inmetro (302/2021) e, portanto, não se enquadra como brinquedo. Não só os imãs podem ser soltos, como os produtos possuem partes pequenas e perigosas, sob o risco de ingestão. Daí, um alerta especial a pais e responsáveis, para que não permitam o uso por crianças, principalmente sem supervisão”, alerta, por exemplo, o presidente do Inmetro, Márcio André Brito.
Conhecidas também como Bucky Balls, Neo Balls ou Cubo Magnético, as ‘bolinhas de imãs coloridas anti-stress’ são negociadas em market places como brinquedos.
Mas, não são regulamentadas pelo Inmetro.
Ao contrário dos artigos infantis, que devem ter compulsoriamente o selo de identificação da conformidade e a indicação de faixa etária na embalagem, esse produtos não passam por nenhum controle de segurança para uso por crianças.
Os neocubes são compostos por pequenas esferas coloridas de ímãs de neodímio de, aproximadamente, 5mm.
Juntas formam cubos, dados e outros formatos, com indicação para uso terapêutico.
Trazem riscos
Apesar disso, são comercializados muitas vezes em seções destinadas a brinquedos, trazendo riscos às crianças.
Elas podem, em resumo, engolir ou inalar os componentes, que são pequenos e têm alta força magnética.
“No mercado internacional como Europa, EUA e Austrália, o produto passou por diversos recalls, pois essas bolinhas têm alto poder magnético: quando engolidas podem grudar no intestino, podendo causar obstrução, infecção, perfuração e a morte”, completou.
Assim, o Inmetro notificou os comércios eletrônicos, com o objetivo de coibir a comercialização destes produtos e similares com menção a um produto infantil.
Além disso, vai intensificar ações de vigilância sobre a venda de produtos e similares no comércio eletrônico.